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Clássico mostra que SP venceu Palmeiras na aposta de atacantes milionários

Fotomontagem com Pratto e Borja comemorando gol de São Paulo e Palmeiras - Fotomontagem: Ronny Santos/Folhapress e Agência Palmeiras
Fotomontagem com Pratto e Borja comemorando gol de São Paulo e Palmeiras Imagem: Fotomontagem: Ronny Santos/Folhapress e Agência Palmeiras

Danilo Lavieri e José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

24/08/2017 04h00

Palmeiras e São Paulo entram em campo neste domingo pressionados por motivos diferentes, mas com alguns problemas semelhantes. Um deles é a alta aposta que fizeram em seus centroavantes: Lucas Pratto e Miguel Borja.

O palmeirense custou R$ 35 milhões e não conseguiu atingir o patamar que chegou em 2016. Se na temporada passada ele chegou perto dos 40 gols, neste ano, só balançou as redes sete vezes, sendo quatro deles no Paulistão e apenas três no Brasileiro.

Borja foi carregado nos ombros de palmeirenses que lotaram o aeroporto de Guarulhos para fazer a sua recepção e, hoje, já faz parte da lista de apostas fracassadas na cabeça dos torcedores.

Mas não na Academia de Futebol. Por lá, o clima é de pessimismo, mas ainda acredita-se que exista salvação. Cuca, comissão técnica e diretoria acham que o atacante pode se acostumar com o estilo de jogo do futebol brasileiro e voltar a ser decisivo como foi na Libertadores passada.

Já por Pratto, o São Paulo pagou quase R$ 21 milhões por 50% dos direitos econômicos do argentino e teve um início feliz. Foram cinco gols em dez jogos e a impressão de que a aposta valeria cada centavo.

De lá para cá, a média caiu: foram sete gols marcados em 26 jogos disputados. Ainda que haja um clima de menos otimismo, a decepção não chega nem perto da que o palmeirense sente em relação a Miguel Borja. Mesmo assim, a torcida tricolor mostra paciência com o jogador, que dificilmente é alvo de vaias e críticas.

Pratto também cumpre um papel diferente no elenco se comparado a seu companheiro de posição. No São Paulo, o argentino já foi capitão e é constantemente ouvido pelos são-paulinos. Tamanha é a importância dele no grupo, que ele só deixou de ser capitão pois quis entregar a faixa para Hernanes assim que o meio-campista retornou ao Morumbi.

A diretoria tricolor também tem Pratto em alta conta. Em junho, por exemplo, o estafe do atacante disse ter sido sondado pelo Veracruz, do México. O São Paulo nem sequer quis ouvir qualquer proposta pelo jogador. Considerado peça-chave no elenco, Pratto é visto como presença quase certa no elenco pelo menos até a Copa do Mundo de 2018.  

No Palmeiras, Borja é muito mais tímido e fala em raras ocasiões. Seus melhores amigos seguem sendo Yerri Mina e Alejandro Guerra, até por todos falarem espanhol. O atacante ainda tinha uma boa relação com Felipe Melo, mas o volante acabou afastado.

Por tudo isso, no domingo, apenas Lucas Pratto deve ser titular. Borja perdeu a concorrência para nomes como Deyverson e Willian Bigode.