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Cuca defende Rueda no Flamengo, mas questiona valor de cursos preparatórios

Cuca caiu na Libertadores e na Copa do Brasil desde que voltou ao Palmeiras - Mauro Horita/Estadão Conteúdo
Cuca caiu na Libertadores e na Copa do Brasil desde que voltou ao Palmeiras Imagem: Mauro Horita/Estadão Conteúdo

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

18/08/2017 17h52

Desde a sua chegada ao Flamengo, Reinaldo Rueda virou alvo de discussões. Afinal, o futebol brasileiro precisa da presença de técnicos estrangeiros? Por que os brasileiros não têm a mesma liberdade para trabalhar no exterior? Nesta sexta-feira (18), foi a vez de Cuca dar a sua opinião.

O atual campeão brasileiro afirmou que vê como natural a chegada de gringos em todos os setores e que a chegada de treinadores de fora é uma resposta às necessidades criadas pelos próprios técnicos brasileiros.

Para o palmeirense, o mercado “pede” que estrangeiros qualifiquem o futebol brasileiro.

“Eu acho que é sempre permitido e passível que tenha profissionais estrangeiros em todas as áreas. Se eles estão vindo é porque nosso mercado está pedindo. Se todos treinadores estivessem bem, eles não estavam vindo. O que está acontecendo é que o mercado está pedindo e cabe a nós dar uma resposta satisfatória para a gente sair”, disse o comandante na coletiva.

Durante a semana, outra discussão que foi à pauta é a necessidade de um curso preparatório que fornecesse uma licença para permitir que os técnicos estrangeiros trabalhassem no Brasil, a exemplo do que acontece com os brasileiros que tentam carreira fora do país.

Cuca questionou a importância de um curso deste nível e pontuou que há situações que só o dia a dia de treinador pode ensinar.

“Sou sempre favorável a evolução, mas não sei se adianta algo nesse sentido. Você está no meio de uma resiliência. Esse é o melhor exercício de estar numa crise e sair dela com força. Onde você vai fazer um curso disso se não é no dia a dia? Eu não venho para uma coletiva, eu venho aqui para um interrogatório. Esse aqui é o maior treino que pode existir e precisa ser sincero. Às vezes tem consequência, mas é assim que se faz”, completou.