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Retiro e causos de Lisca. Como o Inter ganhou fôlego contra a queda

Rubens Cavallari/Folhapress
Imagem: Rubens Cavallari/Folhapress

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

29/11/2016 06h00

Para seguir vivo na luta contra o rebaixamento, o Internacional recorreu a uma fórmula diferente das usadas recentemente. O tudo ou nada teve retiro de jogadores e comissão técnica, conversas individuais para acalmar os ânimos e até causos de Lisca para descontrair o elenco. A vitória diante do Cruzeiro é encarada como reflexo do choque no vestiário.

A vitória na 37ª rodada do Brasileirão, que mantém o Inter vivo contra o fantasma da Série B, começou na quinta-feira da semana passada e terminou com o gol de Valdívia no domingo.

Depois de protesto da torcida e aparição de um homem armado próximo ao CT, o Inter decidiu fazer um retiro de dois dias. Isolado no Vila Ventura, localizado em Viamão, o grupo de jogadores não teve nenhuma ação externa. Nada de palestra motivacional ou algo do gênero.

Apenar treino, conversa e repouso. Entre um treinamento e outro, antes do jantar, os jogadores encararam roda de bate-papo. E ouviram até histórias da vida de Lisca.

“Eu descontraio, brinco, reúno eles, conto história, os caras se matam de rir. Não é hora de pressionar, de enlouquecer”, disse o treinador.

O jeito de Lisca, aliás, não chegou ao Inter à toa. O perfil expansivo e comunicativo é apontado internamente como um dos grandes motivos para a contratação, logo após o empate com a Ponte Preta. Com as características do ex-treinador de Ceará e Joinville, o Colorado poderia mexer no elenco sem radicalismos.

“Agora é Fluminense até domingo, não tem passear, não tem nada. Deixa os caras tranquilo que vou para dentro deles”, comentou Lisca.

Na última semana de treinos do ano, o Inter não repetirá a dose. Sem retiro ou concentração antecipada. A vitória contra o Cruzeiro injetou o ânimo esperado e a programação voltou a ter treinos no Beira-Rio ou CT Parque Gigante.

Apesar da rotina ter sido retomada, o Internacional ainda segue com alto risco. O time precisa vencer o Fluminense, no Rio de Janeiro, e torcer contra Vitória e Sport. Em caso de triunfo fora de casa, o Colorado depende de um tropeço paralelo para escapar da segundona.

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