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PM promove cerco logo cedo e tira torcedores de ruas próximas ao Allianz

Ruas ao redor da arena palmeirense foram fechadas às 10h (de Brasília) - Flávio Florido/UOL
Ruas ao redor da arena palmeirense foram fechadas às 10h (de Brasília) Imagem: Flávio Florido/UOL

José Edgar de Matos

Do UOL, em São Paulo (SP)

27/11/2016 11h51

O cerco ao Allianz Parque, ação do 2º Batalhão da Polícia Militar com o apoio do Ministério Público, começou cedo neste domingo, dia no qual o Palmeiras joga contra a Chapecoense para se sagrar campeão brasileiro. Por volta das 10h (de Brasília), os policiais fecharam o acesso às ruas próximas ao Allianz Parque, local da partida.

A instalação de barreiras era esperada; a PM não agiu de maneira inédita neste domingo. Entretanto, chamou a atenção a maior proporção da ação logo cedo. Torcedores localizados nos bares em frente à arena palmeirense foram retirados, e sócios impedidos de entrarem nas dependências do clube.

Os policiais isolaram as ruas próximas ao Allianz Parque e permitiram a entrada de quem possui ingresso minutos depois. Torcedores presentes criticaram a medida, especialmente sócios do clube barrados em virtude da partida marcada para apenas as 17h.

A medida criticada por palmeirenses começou no dia 23 de outubro, data da partida contra o Sport. A ação, segundo a Polícia Militar, visa retirar ambulantes, cambistas e aumentar a segurança nas ruas próximas ao estádio palmeirense.

Ruas vazias - Flávio Florido/UOL - Flávio Florido/UOL
Ruas do entorno do estádio ficaram vazias por volta do meio dia
Imagem: Flávio Florido/UOL

No entanto, no último final de semana, o UOL Esporte flagrou cambistas agindo livremente na rua Caraibas, já dentro do cerco imposto com o apoio do MP. Oito pessoas foram detidas e encaminhadas ao Jecrim (Juizado Especial Criminal) no domingo passado sob esta acusação.

A ação conjunta de PM e MP conta com o apoio do presidente Paulo Nobre, que apontou os números – grande queda no número de furtos, por exemplo – para defender a ação.

Presidente eleito na noite do último sábado, Maurício Galiotte, que sucederá Nobre a partir de 15 de janeiro, procurou afastar a responsabilidade do Palmeiras sob a medida adotada.

“A relação com a torcida é um tema, o fechamento da Palestra Itália é outra situação. O fechamento da Palestra Itália é uma solicitação da Polícia Militar e da Secretaria de Segurança Pública diante de várias ocorrências que existiam durante os jogos, como furtos, comércio ilegal. Não compete ao Palmeiras dizer o que a Polícia tem de fazer ou não” disse Galiotte, defensor da tradicional festa pré-jogo ao redor do Allianz.

“Que a festa da torcida é maravilhosa, não temos dúvida disso nenhuma. O torcedor em volta do estádio é muito bacana, mas o Palmeiras não tem o poder de decidir”, lamentou.

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