Discurso mais leve e prêmio extra. As armas do Inter contra a Série B
A contratação de Lisca, o quarto treinador em 2016, deflagrou a última aposta do Internacional para ficar na elite do futebol brasileiro. Com ele, o clube busca um discurso mais leve em relação a Celso Roth. A linha diferente visa mobilizar de outra forma o elenco. Mas nem só de palavras vive o plano. O Colorado também prometeu premiação extra aos atletas.
Quando da contratação de Celso Roth, o Inter definiu bônus ao treinador em caso de vaga às competições sul-americanas. Um eufemismo para a realidade que, naquele momento, não era tão difícil como agora.
Em sua cartada final no ano, o Inter mudou e acenou com dinheiro aos jogadores para obter a pontuação mínima e evitar o histórico primeiro rebaixamento do clube.
Paralelo ao acerto entre direção e jogadores, está Lisca. Ex-treinador de Ceará e Joinville nesta temporada, ele chegou com a missão de criar um choque de realidade no vestiário.
De acordo com relatos de dentro do vestiário, Lisca promoveu diálogos mais leves com o elenco. Celso Roth adotava postura mais rígida, contudo não surgiram reclames antes da queda, na última quinta-feira.
“O Lisca é colorado, se criou aqui no Inter. Ele tem muito a agregar ao nosso grupo, conhece o Beira-Rio. Temos que pegar tudo que ele quer fazer, até para crescer na carreira dele, para conseguir algo bom para nós”, disse Eduardo Sasha.
Para a diretoria, o primeiro objetivo com a troca relâmpago de treinadores (intervalo inferior a quatro horas entre a saída de Celso Roth e o anúncio de Lisca) já foi cumprido. O vestiário foi oxigenado. Com novas ideias, argumentos e processos para tentar salvar o time.
Recheado de jovens, carente de líderes técnicos e em boa fase, o Inter já ficou 14 rodadas sem vencer no Brasileiro. Atualmente, acumula seis jogos sem vitória (somando Brasileirão e Copa do Brasil).
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