Gre-Nal do 5 a 0 vira 'memória perdida' para volante do Inter
Rodrigo Dourado, desde agosto de 2015, entra na semana Gre-Nal e quando vasculha a própria memória chega até uma parte preenchida por branco. Presente no histórico clássico 408, que terminou 5 a 0 para o Grêmio, o volante do Internacional garante que não fica remoendo a história daquele jogo.
E às vésperas de um novo encontro, outra vez na casa do rival, vê os 90 minutos válidos pela 32ª rodada do Brasileirão como apenas mais uma partida. Sem falar em revanche.
“Já esqueci daquilo”, responde Dourado ao ser indagado sobre as lembranças do clássico válido pelo primeiro turno do Brasileirão de 2015. “Não fico pensando, não penso”, completa.
Dois dias depois da demissão de Diego Aguirre, o Inter pisou na Arena do Grêmio e foi amassado. E olha que umas semanas antes, o mesmo time havia dominado por completo o rival e abocanhado o quinto título estadual consecutivo.
Rodrigo Dourado estava em campo naquela final, vencida por 2 a 1, e integrou a equipe que acabou com o tricolor dirigido por Luiz Felipe Scolari.
Mais de um ano depois, o esforço do volante do Internacional para não lembrar daquilo que não quer é grande. Em cada frase, Dourado mostra cautela. E só é enfático ao abraçar o discurso de que o clássico não decide nada. Nem salvação e muito menos rebaixamento.
“Não adianta ir com tudo no Gre-Nal, vencer e depois não ganhar do Santa Cruz. Temos condições de ir lá e vencer o Grêmio, mas não termina ali. Vale os mesmos três pontos”, discursa o camisa 13. “A situação agora é completamente diferente”, dispara quando escuta pergunta sobre a volta ao palco da histórica goleada.
Vítima do contexto criado pelo clube, que decidiu trocar a comissão técnica sob argumento de abalo psicológico e declínio físico, Rodrigo Dourado entrou em campo como boa parte do time do Internacional naquela tarde. Queria fazer algo, mas não conseguiu.
Ainda em 2015, Dourado deu passe para Vitinho marcar o gol da vitória no clássico do returno. No próximo domingo, na Arena do Grêmio, o volante tem a chance de obter novas memórias de um jogo na casa do rival. E de diminuir o esforço futuro para esquecer o fatídico Gre-Nal 408.
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