Futebol mineiro tem pior início no Campeonato Brasileiro de pontos corridos
Passadas quatro rodadas do Campeonato Brasileiro de 2016, o futebol mineiro conquistou apenas uma vitória após 11 partidas, mesmo com três representantes. O triunfo solitário foi do Atlético-MG sobre o Santos, na rodada de abertura. O empate no clássico entre Cruzeiro e América-MG foi um resumo do momento ruim que os clubes de Minas atravessam na competição, após o grande sucesso nas últimas quatro edições. Entre 2012 e 2015 foram dois títulos, ambos com o Cruzeiro, e dois vices, ambos do Atlético.
Uma vitória, dois clubes na zona de rebaixamento e pouco o que comemorar. Nem mesmo em 2011, também quando contou com três representes e todos sofreram bastante naquela edição, o começo foi tão ruim. Os mineiros somavam sete, quatro e dois pontos, com Atlético, América e Cruzeiro, respectivamente, também após quatro rodadas. Eram três triunfos. E o Brasileiro de 2011 foi desastroso para Minas Gerais. O Atlético só escapou do rebaixamento na 37ª rodada, o Cruzeiro se safou na última jornada e o América foi rebaixado.
Ainda é muito cedo para falar em luta contra a degola, especialmente para Atlético e Cruzeiro, que estão entre os maiores orçamentos do futebol nacional. Mas o fraco começo é um alerta. O desempenho ruim em 2016 superou as edições de 2004 e 2007, quando os mineiros somaram apenas duas vitórias em quatro rodadas, mas com apenas dois principais representantes.
“Não é o objetivo do Cruzeiro brigar contra o rebaixamento, mas temos caminho difícil pela frente. Em 12 pontos possíveis conquistamos apenas dois. Confiamos no trabalho para, primeiramente, sair dessa zona de rebaixamento e depois pensar lá na parte de cima”, comentou Paulo Bento, o técnico do Cruzeiro.
Motivos para justificar a baixa pontuação dos mineiros não faltam. No caso do América, apesar do título Estadual, a reposta é a que parece mais fácil. A equipe retorna à Série A após quatro anos na segunda divisão e conta com um orçamento reduzido em relação aos demais participantes. Já Atlético e Cruzeiro encontram respostas diversas. Como trocas recentes no comando técnico, elencos carentes em determinados setores ou a quantidade de lesionados. Enfim, todas justificativas são aceitáveis.
Mas, em números, é possível encontrar outras respostas. O número de finalizações erradas é um ótimo exemplo. Nenhum outro clube da elite brasileira finalizou tão mal quanto Cruzeiro e Atlético nas primeiras quatro rodadas. A equipe celeste errou o alvo em 47 tentativas, enquanto o time alvinegro errou em 44.
“Acho que faltou um pouquinho mais de atenção no final e aproveitar melhor o contra-ataque. Tivemos que recuar um pouco e os contra-ataques apareceram, mas acabamos não aproveitando. Foi um jogo lá e cá. Não gosto disso, foi muito aberto. Faltou a gente aproveitar e matar o jogo” lamentou Marcelo Oliveira, técnico do Atlético, após mais um empate fora de casa.
Outro número que chama atenção é o de gols sofridos. O Cruzeiro divide com Atlético-PR e Vitória o posto de defesa mais vazada do Brasileirão, com oito gols. Mas América e Atlético não estão longe, estão no bloco dos oito times mais vazados até o momento. A expectativa é que a partir da quinta rodada tudo comece a mudar. Atlético e América jogam em Belo Horizonte, contra Fluminense e Ponte Preta, respectivamente, enquanto o Cruzeiro vai enfrentar o Botafogo, em Brasília. Após quatro temporadas de protagonismo, os torcedores mineiros esperam mais de suas equipes neste Brasileirão.
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