Atlético-MG repete fórmula de 2014 para troca no comando não afetar o time
Uma das principais marcas do Atlético-MG nos últimos anos foram as poucas trocas de técnico. A queda de Diego Aguirre, por exemplo, foi somente a segunda do clube durante a temporada em andamento nos últimos cinco anos. Antes do uruguaio ser demitido, entre 2012 e 2015, somente Paulo Autuori não tinha conseguido terminar um trabalho de janeiro até dezembro.
Autuori caiu no final de abril de 2014, dando lugar a Levir Culpi. Aposta que foi certeira da diretoria alvinegra. Com Levir o Atlético reencontrou o bom futebol, já naquela temporada. Tanto que venceu a Recopa Sul-Americana, a Copa do Brasil e terminou o Campeonato Brasileiro na quinta colocação, sendo que usou time reserva nas rodadas finais, em razão das decisões da Copa do Brasil.
E a chegada da Marcelo Oliveira à Cidade do Galo, neste momento, tem uma semelhança com o último retorno de Levir Culpi. Escolhido pelo então presidente do Atlético, Alexandre Kalil, para assumir o time ainda na Libertadores, Levir retornava ao clube já com 175 partidas no comando. Naquela altura, o quarto com mais jogos no comando do time alvinegro. Quando deixou o Atlético, em novembro do ano passado, Levir Culpi saiu com 288 partidas, o terceiro treinador que mais dirigiu a equipe.
Os números de Marcelo Oliveira no Atlético já passam de 300 jogos, como jogador e treinador. Foram 285 partidas como atleta, nas décadas de 1970 e 1980 e mais 54 jogos no comando técnico, entre passagens como interino e efetivo. E é justamente esse o detalhe que pode fazer a diferença para o Atlético na sequência da temporada. Apostar em alguém que conhece muito bem o clube.
“Especial, sempre especial você se apresentar no grande clube. Ingrediente a mais é que já passei aqui como atleta e fui muito bem. Existe uma empatia grande com o torcedor e espero que essa parceria seja boa. E a possibilidade de rever amigos, que me receberam muito bem. Esse aspecto mental sempre é bom e pode refletir no dia a dia”, disse Marcelo, que teve outro bom motivo para aceitar o convite do Atlético.
“Vejo perspectivas de conquistar título, de escrever o nome na história do Atlético”.
Quando Levir Culpi retornou, o treinador pegou um time campeão da América no ano anterior, mas que já não rendia em campo o que era esperado. Com aval da diretoria, o treinador fez as mudanças necessárias e recolocou o Atlético no rumo. Marcelo Oliveira chega também com a equipe alvinegra bastante questionada. Aliás, o desempenho abaixo do esperado, foi um dos motivos para a queda de Diego Aguirre.
E Marcelo Oliveira sabe que é para isso que ele está de volta à Cidade do Galo. Fazer o Atlético reencontrar o bom futebol e ter condições de brigar pelo título do Campeonato Brasileiro, o grande sonho do clube.
“Eu sempre trabalhei intensamente, com muita dedicação e muita entrega. Procurando melhorar o meu trabalho e ir para grandes equipes para conquistar. O Atlético é uma dessas grandes equipes e a oportunidade veio. Estou feliz, estimulado, como se fosse o primeiro trabalho. Vou me dedicar bastante, para que possa fluir bem. Já falei antes, o Atlético tem uma combinação de elementos muito boa. Isso não garante o título, mas nos dá a possibilidade, com muito trabalho, de comemorar um grande título no final do ano”.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG X GRÊMIO
Data: 26 de maio de 2016, quinta-feira
Horário: 21h (de Brasília)
Motivo: 3ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Raphael Claus (FIFA/SP)
Assistentes: Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo (FIFA/SP) e Gustavo Rodrigues de Oliveira (SP)
ATLÉTICO-MG: Victor, Marcos Rocha, Tiago, Edcarlos e Carlos César; Rafael Carioca, Eduardo e Júnior Urso; Patric, Clayton e Carlos.
Técnico: Marcelo Oliveira.
GRÊMIO: Marcelo Grohe, Edílson, Geromel, Fred e Marcelo Oliveira; Walace, Maicon, Giuliano e Douglas (Everton) e Luan; Henrique Almeida.
Técnico: Roger Machado.
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