Juvenal Juvêncio mudou o discurso, apertou o cerco sobre Baresi e pode trocar de técnico em 2010
No desembarque da delegação tricolor em São Paulo, Juvenal Juvêncio, presidente do clube, deixou clara sua insatisfação com a atual situação da equipe. Apesar de desconversar sobre a possibilidade de trazer Vanderlei Luxemburgo, o cartola deu a entender que busca um substituto para Sérgio Baresi ainda para esta temporada.
“Eu vejo os salários dos técnicos por aí... O meu ganha R$ 10 mil. Estou satisfeito? Não. Estou pensando em técnico? Estou. Vou falar o perfil? Não”, disse Juvenal Juvêncio.
Quando lhe perguntaram se a mudança poderia ocorrer ainda em 2010, o dirigente foi misterioso. “Desconfio que sim”, respondeu Juvêncio.
Na última quarta, o São Paulo perdeu de 4 a 2 para o Grêmio, em Porto Alegre, e caiu para a décima colocação. Esta é a pior campanha do clube desde o início da era dos pontos corridos.
Diante da situação do time, o vice-presidente de futebol do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, disse que o momento é de análise. “A situação do Baresi é conhecida, depende das circunstâncias e dos resultados. O momento é desfavorável e por isso exige uma reflexão”, disse.
Desde que Baresi assumiu, no dia 15 de agosto, contra o Cruzeiro (empate por 2 a 2), o São Paulo não nega a condição de interino ao treinador. O bom desempenho do time em alguns momentos, porém, deixou a diretoria tricolor confortável na análise do mercado.
O clube do Morumbi negou, por exemplo, ter procurado Dorival Júnior após a saída deste do Santos. Antes do atual campeão do Paulista e da Copa do Brasil acertar com o Atlético-MG, Juvenal Juvêncio chegou a elogiar a equipe são-paulina.
"Eu não vou contratar o Dorival Júnior, porque o São Paulo está vivendo um momento diferente. Um momento especial", disse o presidente, em entrevista ao blog do jornalista Paulo Vinícius Coelho, da ESPN.
Mas a opinião mudou algumas semanas depois. Leco admitiu que a decisão poderia ter sido diferente se Dorival ainda estivesse disponível no mercado. “Era um outro momento. Talvez agora o pensamento fosse diferente”, concluiu.
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