UOL Esporte Brasileirão - Série A
 
22/09/2010 - 07h19

Kalil muda discurso e agora diz que grupo atleticano precisa de carinho

Bernardo Lacerda
Em Vespasiano (MG)
  • Depois de apoiar possível represália a atletas baladeiros, Kalil prega a paz no grupo atleticano

    Depois de apoiar possível represália a atletas "baladeiros", Kalil prega a paz no grupo atleticano

Depois de adotar linha-dura contra jogadores que abusassem da “noitada” e dizer que, se eles levarem “um cacete” na madrugada, não faria “mal nenhum”, o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, mudou o discurso. Para ele, o momento é de dar carinho aos atletas, que estão, segundo o dirigente, preocupados com a presença do time mineiro na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.

“Temos de trazer para cá carinho, harmonia, otimismo. A porrada aqui já acabou, já demos porrada demais aqui. Os jogadores do Atlético estão muito preocupados, todos estão querendo sair desta situação, a comissão técnica está preocupada, o presidente também”, observou Alexandre Kalil.

O dirigente disse que o momento é de unir forças para tirar o Atlético da zona de rebaixamento, onde está há 14 rodadas seguidas. “Estamos tristes decepcionados, acho que é uma provação, não trabalhei para isso. Todo o trabalho que fiz aqui era visando para outra coisa, mas agora o que temos que fazer é lutar, lutar até o final para mudar esta situação. Vamos brigar juntos para que o pior não aconteça”, afirmou.

Kalil crê que a campanha ruim atleticana se deve pelo imponderável. Para ele, o projeto feito pela diretoria e pela comissão técnica foi o correto. O dirigente ainda espera que os resultados aparecerão nesta reta final de Brasileirão.

“Temos um bom treinador, um bom CT, mas o imponderável acontece. Se vocês acham que a diretoria não foi atrás de jogadores separados para conversar, se vocês acham que o presidente não tem jogadores de confiança, que conversam com ele. Acho que realmente aconteceram coisas, jogadores que vieram e não renderam, estão melhorando, a gente tem de fazer a nossa parte. Aqui todo mundo tem culpa de tudo”, ressaltou Kalil.

As declarações polêmicas do presidente atleticano, sobre a represália a "baladeiros", chamaram a atenção do Ministério Público de Minas Gerais, que anunciou que analisaria o episódio e, se fosse constatado que houve incitação de violência, Kalil poderia perder a presidência do Atlético . O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pediu explicações ao dirigente mineiro.
 

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