O técnico Celso Roth revelou que não continuaria à frente do Atlético-MG, mesmo se a diretoria do clube não o tivesse demitido, na noite do último sábado, após a derrota por 3 a 0 para o Corinthians, a quinta consecutiva do alvinegro mineiro. O treinador admitiu ter ficado "um pouco magoado" com o fato de não ter mais visto o presidente Alexandre Kalil após o jogo com o Palmeiras, quando o time atleticano foi derrotado por 3 a 1.
"Era processo que já estava se encaminhando dessa forma, se não fosse anunciado pela direção, certamente nós teríamos tomado uma outra atitude", comentou Celso Roth, em entrevista à
Rádio Itataiaia. "O que deixa a gente um pouco magoado é que depois do jogo com o Palmeiras a gente não viu mais o presidente do clube", acrescentou.
Segundo Celso Roth, a ausência do mandatário do clube atleticano mostra um lado que não é muito legal. "As coisas quando têm de ser feitas, têm de ser feitas claramente", observou o treinador, que, no entanto, não considera ter ficado "abandonado". "Não é abandono não, porque o Atlético tem estrutura maravilhosa, tem torcida maravilhosa. Simplesmente, não sei porque razão o presidente não apareceu", complementou.
Apesar da maneira como terminou a sua segunda passagem pelo Atlético-MG, Celso Roth faz uma avaliação positiva. "Fiquei satisfeito por trabalhar de novo no Galo, ter feito um bom trabalho, ter criado expectativa", comentou o ex-técnico atleticano. "Criamos um monstro", acrescentou.
Celso Roth se referiu ao fato de o trabalho que ele conduziu ter criado uma expectativa positiva, mas que no final deixou o torcedor frustrado. "Porque no momento qualitativo da competição nós erramos muito e não merecíamos chegar. Então, quando a gente cria expectativa e depois cria frustração, por isso é absolutamente normal as coisas acontecerem", disse.