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Wellington Paulista marcou o gol isolado do clássico, que deu a vitória ao Cruzeiro

12/10/2009 - 17h57

No sufoco, Cruzeiro vence o Atlético-MG e impede rival de ser vice

Do UOL Esporte
Em Belo Horizonte

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No dia das crianças, a festa no Mineirão, neste feriado de segunda-feira, foi da torcida do Cruzeiro, que viu o seu time vencer o rival Atlético-MG, por 1 a 0, em sua segunda vitória consecutiva, mantendo vivo o desejo de conseguir disputar a próxima Libertadores. Já o alvinegro desperdiçou pela segunda vez seguida de ocupar a vice-liderança do Brasileirão. A equipe atleticana só não deixou o G4 por causa do empate, em casa, do Goiás, contra o Sport, em 1 a 1.

O gol da vitória saiu no primeiro tempo, quando o Cruzeiro esteve melhor em campo. No segundo, o Atlético atacou, pressionou, mas a equipe celeste conseguiu se defender. "Eles colocaram dois jogadores de área, mas corremos bastante e saímos com a vitória", afirmou o zagueiro Leonardo Silva. "Perdemos novamente a chance de nos aproximar do líder. Isso é que temos de levar em conta", lamentou o meia Ricardinho.

PRINCIPAIS LANCES DO JOGO
PRIMEIRO TEMPO
5min - Henrique acertou cruzamento da esquerda, Thiago Ribeiro se antecipou ao goleiro Carini e cabeceou, mas mandou a bola para fora.
11min - GOOOLLL DO CRUZEIRO!!! Jonílson perdeu a bola no meio-campo para Fabrício, que tocou a Thiago Ribeiro, na direita. Ele fez o cruzamento, a zaga atleticana falhou e Wellington Paulista, de cabeça, colocou a bola nas redes.
37min - Em sua primeira jogada, Guerrón, que substituiu a Wellington Paulista, bateu cruzado, da direita, e Carini tirou com o pé.
46min - Diego Renan vacilou, perdeu a bola para Carlos Alberto, que acertou chute forte, obrigando Fábio a fazer difícil defesa, colocando a bola para escanteio.
SEGUNDO TEMPO
8min - Thiago Feltri recebeu passe de Evandro na grande área e arriscou chute no canto direito do gol. Fábio espalmou a bola para a linha de fundo
25min - Corrêa cobrou a falta no canto esquerdo do gol. Fábio, adiantado, conseguiu espalmar a bola para a linha de fundo.
26min - Corrêa cobrou escanteio da direita. Jonílson, no segundo pau, cabeceou a bola por cima do gol de Fábio
36min - Pedro Oldoni recebeu passe na grande área, girou sobre Gil e arriscou chute rasteiro. A bola bateu na rede pelo lado de fora
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Os cruzeirenses comemoraram muito o triunfo da sua equipe, que devolveu a derrota no primeiro turno, por 3 a 0, quando Adilson Batista mandou a campo uma equipe mista em função da prioridade dada à Libertadores. Vingança à parte, o resultado positivo no clássico levou o Cruzeiro a saltar da 11ª para a 7ª colocação na competição, com 42 pontos.

O time do técnico Adilson Batista está agora a cinco pontos do rival Atlético, que continua estacionado nos 47, já que sofreu sua segunda derrota consecutiva. O alvinegro mineiro havia perdido na última quinta-feira para o Botafogo, por 3 a 1, na última quinta-feira. O clube carioca será o próximo adversário do Cruzeiro, em jogo no próximo domingo, no Mineirão.

Para interromper a série de derrotas e evitar perder mais posições, o Atlético-MG tentará se recuperar, no sábado que vem, como visitante, contra o São Paulo, no Morumbi. A esperança atleticana fica por conta do retorno do seu artilheiro Diego Tardelli, que está na seleção brasileira.

No período em que não contou com o seu goleador, o time de Celso Roth marcou apenas um gol e perdeu os dois jogos. O treinador, que fez muito mistério, fechando os treinos de sábado e domingo, além de proibir a imprensa até mesmo de entrevistar jogadores, escalou Éder Luís, que foi dúvida até os instantes finais, por estar contundido. Pelo lado do Cruzeiro, Gilberto, que também era dúvida, atuou apenas o primeiro tempo.

A curiosidade do clássico ficou por conta da inversão dos túneis e vestiários, medida que provocou polêmica durante a semana, mas que não teve nenhuma interferência durante a partida. O Atlético ficou do lado direito das cabines das emissoras de rádio e televisão, ocupando lugar tradicional do Cruzeiro. Os jogadores celestes, por isso, entraram no gramado pelo túnel central para o início da partida.

"Futebol hoje é correria. Quem corre mais acaba ganhando o jogo". A afirmação do volante celeste Fabrício, ao descer para o vestiário, no intervalo do clássico, resumiu a com perfeição o que aconteceu no primeiro tempo. Não faltou velocidade e vontade dos dois lados, mas houve pouco futebol. Tecnicamente, os dois times erraram muito.

O Cruzeiro começou melhor, partindo para cima do tradicional adversário, e conseguiu aproveitar falhas dos jogadores de meio-campo e defesa do alvinegro. Foi assim que o time celeste chegou ao seu gol, aos 11min, quando Jonílson perdeu a bola para Fabrício, propiciando o contra-ataque.

Thiago Ribeiro, que levou bronca de Adilson Batista boa parte da etapa inicial, por ajudar pouco na marcação dos volantes adversários, cruzou da direita para Wellington Paulista, que, livre de marcação, colocou a bola nas redes. "Bobeamos e tomamos um gol de contra-ataque. Foi um momento de desatenção. A bola estava no nosso ataque", lamentou o volante Corrêa.

Por volta dos 20 minutos, o Atlético-MG equilibrou as ações, mas continuou demonstrando dificuldade para chegar ao ataque. Éder Luís, que foi dúvida até momentos antes do jogo, por causa de um corte profundo no tornozelo esquerdo, pouco participou da primeira etapa. O colombiano Rentería, substituto de Diego Tardelli, mais uma vez foi pouco efetivo.

Aos 36min, Wellington Paulista, autor do gol celeste, deixou o campo contundido, sendo substituído por Guerrón. Durante os 45 minutos iniciais, o time atleticano finalizou uma vez mais, seis contra cinco. Somente em um lance, aos 46min, quando Carlos Alberto chutou forte da direita, Fábio foi obrigado a fazer uma defesa difícil.

O Cruzeiro voltou com uma outra modificação: o volante Elicarlos no lugar do meia Gilberto, que era a dúvida cruzeirense para o clássico e que só teve sua escalação confirmada momentos antes do seu início. Apesar da substituição, aparentemente defensiva, o time celeste começou dominando a etapa final, atacando com maior perigo.

Essa situação durou pouco. Na maior parte do segundo tempo o Atlético pressionou em busca do empate, enquanto o Cruzeiro se defendeu e tentou explorar contra-ataques, especialmente com Guerrón, já que o time celeste ficou sem um atacante especialista, com a saída de Thiago Ribeiro para a entrada do meia Leandro Lima.

Pelo lado atleticano, Celso Roth colocou o time com três atacantes, promovendo as entradas de Alessandro e Pedro Oldoni nos lugares de Evandro e Rentería, mantendo Éder Luís em campo. Pouco depois o treinador colocou Ricardinho na vaga de Márcio Araújo. Apesar da pressão, muitas vezes desordenada, o Cruzeiro conseguiu sustentar a difícil vitória.

ATLÉTICO-MG 0 x 1 CRUZEIRO

Atlético-MG
Carini; Carlos Alberto, Benitez, Werley e Thiago Feltri; Jonílson, Corrêa, Márcio Araújo (Ricardinho) e Evandro (Alessandro); Éder Luís e Rentería (Pedro Oldoni)
Técnico: Celso Roth

Cruzeiro
Fábio; Jonathan, Leonardo Silva, Gil e Diego Renan; Fabrício, Henrique, Marquinhos Paraná e Gilberto (Elicarlos); Thiago Ribeiro (Leandro Lima) e Wellington Paulista (Guerrón)
Técnico: Adilson Batista

Data: 12/10/2009 (segunda-feira)
Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Sálvio Spínola Fagundes Filho (Fifa-SP)
Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa-PR) e Vicente Romano Neto (SP)
Público: 45.959 pagantes
Renda: R$ 832.435
Cartões amarelos: Rentería, Jonílson (Atlético-MG); Gilberto, Elicarlos, Gil, Fábio (Cruzeiro)
Gols: Wellington Paulista, aos 11min do primeiro tempo

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