10/06/2009 - 07h18

Oscilante, Palmeiras teve 33 formações diferentes em 37 jogos

Bruno Império
Em São Paulo

O Palmeiras abriu a temporada com nove vitórias consecutivas e liderou a maior parte do Campeonato Paulista. Na Libertadores, porém, sofreu para se classificar. Enquanto suava no torneio continental, dominava o Estadual e chegou a ficar 16 jogos sem perder. Recentemente, porém, já com o Brasileirão em curso, o time de Parque Antarctica chegou a amargar um jejum de cinco partidas. A explicação para a oscilação, em parte, pode estar ligada à dificuldade de o técnico Vanderlei Luxemburgo conseguir dar um padrão tático para o grupo. Em 37 jogos disputados este ano, o Palmeiras atuou com 33 formações distintas.

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Luxa montou a equipe alviverde, majoritariamente, no 3-5-2 ao longo do ano. Foram 23 jogos neste esquema em 2009. Porém, dentro assim, usou 20 escalações diferentes. A formação com Danilo, Edmilson e Maurício Ramos; Fabinho Capixaba, Pierre, Cleiton Xavier, Diego Souza e Pablo Armero; Willians e Keirrison na linha foi a que mais jogou. Foram, porém, apenas quatro jogos assim. Entre eles a derrota para a LDU no Equador, pela primeira fase da Libertadores, que quebrou a invencibilidade do Palmeiras na temporada.

Foi no 3-5-2 que o Palmeiras venceu a maioria dos jogos deste ano, porém, quando a equipe caiu de produção neste esquema e colecionou três partidas sem vencer, Luxemburgo tentou a mudança para o 4-4-2. O primeiro jogo nesta formação foi contra o Barueri, no dia 14 de março. O Palmeiras venceu por 3 a 0 com Fabinho Capixaba, Maurício Ramos, Danilo e Pablo Armero; Pierre, Sandro Silva, Cleiton Xavier e Diego Souza; Willians e Keirrison.

O time que bateu o Barueri ainda foi utilizado por mais uma vez no ano. E nunca mais se apresentou junto. No 4-4-2, Luxemburgo adotou nada menos que 12 formações diferentes em 13 jogos. Houve até mesmo uma "aventura" com sucesso no 3-6-1, diante do Colo-Colo, fora de casa. Com vitória por 1 a 0 com gol de Cleiton Xavier no final da partida, o Palmeiras se classificou para as oitavas de final da Libertadores.

"O Vanderlei está procurando a melhor equipe ainda. Não conseguimos fazer muitos jogos com a mesma formação. Mas tenho certeza de que ele vai conseguir isso em breve", disse Cleiton Xavier, que participou de 33 dos 37 jogos do Palmeiras em 2009. É o jogador com mais participações na temporada.

As mudanças nas formações, algumas vezes, foram forçadas por suspensões e lesões. Luxemburgo não pôde, por exemplo, usar Wendel no confronto contra o Nacional(URU) no Parque Antarctica. Lançou Fabinho Capixaba. Willians, com dores no púbis, não conseguiu jogar com regularidade desde o final da fase classificatória do Paulistão. Edmilson, que para o treinador era crucial na formação da equipe, está machucado e ainda desfalca a equipe.

Jogadores que chegaram durante a temporada e que foram testados por Luxemburgo também foram marcas dessas alterações de formação do Palmeiras. Foram os casos de Marcão, Obina e Mozart.

O próximo compromisso do Palmeiras está marcado para este domingo, contra o Cruzeiro. Luxemburgo já afirmou que vai mandar a campo seu time titular. A formação, a julgar pelo histórico de seu comando, é dúvida.