UOL Esporte Futebol
 
08/06/2009 - 07h44

"Perseguido", Kléber diz pensar em deixar o futebol brasileiro

Do UOL Esporte
Em Belo Horizonte
Considerando-se perseguido por árbitros no Brasil, que não coíbem a marcação violenta por parte dos adversários, o atacante Kléber, do Cruzeiro, revelou que às vezes pensa em voltar ao exterior, por falta de condições de jogar futebol em seu país.

Divulgação/VIPCOMM
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Kléber revela pensamento de deixar o país, por se sentir sem condições de jogar aqui.
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KLÉBER: REVANCHISMO EM EXPULSÃO
Kléber foi expulso pelo árbitro sergipano Antônio Hora Filho juntamente com o goleiro Lauro, aos 16 minutos do primeiro tempo, no empate em 1 a 1 com o Internacional, no Mineirão, na noite de domingo, pela quinta rodada do Brasileiro.

Segundo o atacante celeste, ele foi agredido com um chute por Lauro e acabou expulso de campo. "Estou começando a pensar que eu tenho de ir embora do meu país porque eu não consigo trabalhar nele mais", comentou o Gladiador, como é conhecido o jogador celeste.

Kléber lembrou sua mudança de comportamento, mas admitiu que isso não tem sido suficiente. Depois de um começo tumultuado no Cruzeiro, quando foi expulso duas vezes seguidas pela Libertadores, contra Estudiantes e Universitario de Sucre, o jogador não havia mais recebido cartão vermelho desde o jogo na Bolívia, em 4 de março. De acordo com levantamento celeste, seu artilheiro ficou 17 jogos oficiais sem ser expulso.

"Ano passado o Kléber era o vilão, agora o Kléber virou o bonzinho. Só que não está adiantando nada, contra o São Paulo apanhei o jogo todo, não estou falando que teve deslealdade, mas sofri 14 faltas, os números mostram isso", observou Kléber, lembrando que no jogo contra o Internacional ele apanhou e foi expulso. "Então começo a pensar que eu não consigo trabalhar no meu país, então fico pensando que está na hora de eu ir embora", acrescentou.

Na semana passada, Kléber tornou pública uma proposta feita pelo Liverpool, que, posteriormente, foi negada pela diretoria do Cruzeiro, que admitiu apenas diversas sondagens.

Indagado se a perseguição sofrida no Brasil o faria analisar com mais atenção futuras propostas do exterior, o atacante foi evasivo. "Não sou eu quem tem de analisar, eu sou jogador do Cruzeiro, tenho contrato de cinco anos aqui, se for bom, para o Cruzeiro, cabe ao Zezé analisar isso", comentou Kléber, referindo-se ao presidente Zezé Perrella.

O diretor de futebol do Cruzeiro, Eduardo Maluf, que, após o jogo com o Internacional, deu entrevista coletiva para protestar contra a arbitragem de Antônio Hora Filho, responsabilizando o diretor da comissão de arbitragem, Sérgio Corrêa, disse que a fala de Kléber preocupa o clube. "O Cruzeiro vai mostrar ao Kléber e a todos os jogadores que não vai aceitar essa situação", destacou o dirigente.

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