História

O fabuloso Mário de Castro

Quem o viu jogar garante: poucos jogadores tiveram a técnica de Mário de Castro. Tido como um mito e considerado o melhor atacante da época, sua melhor temporada foi a de 1927, quando marcou 44 gols, 20 deles pelo Campeonato Mineiro.

Nesse mesmo ano, em jogo contra o Villa Nova, em Nova Lima , o Atlético perdia por 4 a 1 e precisava vencer para ficar com o título do Campeonato Mineiro. No intervalo, os torcedores do Villa faziam chacota, perguntando se o “grande” Mário de Castro estava jogando.

Ao voltar para o segundo tempo, o artilheiro acordou. Em apenas 15 minutos, ele marcou quatro gols seguidos. O Atlético virou o jogo para 5 a 4 e conquistou o campeonato de forma inesquecível. Em 1929, “o fabuloso”, como era conhecido, fez nova proeza ao assinalar dois gols na vitória do Atlético por 4 a 2 sobre o Corinthians. Essa partida marcou a inauguração do estádio “Presidente Antônio Carlos Ribeiro de Andrada”.

Apesar de ter encerrado sua carreira precocemente, aos 26 anos, para se dedicar à profissão de médico, Mário de Castro conseguiu números impressionantes no Atlético, que o fazem permanecer na história do clube.

Ele marcou 203 gols em 90 jogos, disputados entre 1926 e 32, o que o deixa como terceiro maior artilheiro da história atleticana, atrás apenas de Reinaldo e Dario, que fizeram 255 e 211 gols, respectivamente. Mário de Castro registrou a impressionante média de 2,25 gols por partida.

Análise técnica

Cabeceio - Excelente.

Chute

Pé direito - Forte.

Pé esquerdo - Forte.

Velocidade - Ótima.

Habilidade - Tinha excelente domínio de bola.

Posicionamento - Buscava o jogo tanto no meio como nas extremas do campo.

Marcação - Nula. Naquele tempo, atacante não ajudava na marcação.