Após quase 13 anos da morte do piloto brasileiro Ayrton Senna, a Justiça italiana encerrou o caso jurídico que apurava quem era culpado.
Williams de Senna após se chocar contra muro na curva Tamburello em maio de 94 |
Nesta sexta-feira, a Suprema Corte italiana confirmou a sentença de maio de 2005 dada pela Corte de Apelo da cidade de Bolonha. A última instância da Itália apontou Patrick Head, então diretor técnico da Williams, como responsável pelo defeito da barra de direção que acabou por vitimar Senna, mas o britânico não recebeu pena por homicídio culposo porque o crime prescreveu.
Senna perdeu o controle de seu carro quando a barra de direção de sua Williams quebrou, jogando-o contra o muro da curva Tamburello, no autódromo de Ímola, no GP de San Marino de 1º de maio de 1994.
Head também foi considerado responsável pela modificação "mal projetada e executada" da barra que se rompeu -só não cumprirá pena porque passaram mais de 10 anos da morte do brasileiro.
Durante todo esse tempo, o caso esteve entre o tribunal, a Corte de Apelo bolonhesa e a Suprema Corte italiana. Vários integrantes da equipe Williams foram arolados na ação, entre eles estavam o dono e chefe de equipe Frank Williams e o então projetista, Adrian Newey. No final, porém, só Head terminou sem absolvição.
Head chegou a apelar junto à Suprema Corte para que fosse absolvido por inexistência de negligência ao invés de se livrar da pena por prescrição de sua responsabilidade, mas a apelação foi rejeitada.
A sentença 15050 dada nesta sexta-feira evidencia que não houve absolvição de Head e fala que "a causa do acidente foi a ruptura da barra de direção, causada pela modificação mal projetada e executada, conduzindo a um comportamento culposo e omisso de Head, já que o evento era previsível e evitável", como o jornal italiano "La Gazzetta Dello Sport" transcreveu.