Após deixar no ar chance de sair da F1, Hamilton diz que fica por ativismo

Lewis Hamilton se consagrou, pela sétima vez, campeão da Fórmula 1. O piloto inglês igualou a marca de Michael Schumacher neste domingo (15), na Turquia, após largar na sexta posição.

Na última corrida disputada por Hamilton, o piloto havia deixado no ar a possibilidade de abandonar a categoria —ele não deixou claro se renovaria ou não o contrato. Hamilton ainda não tem contrato firmado para 2021.

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Entretanto, após a vitória em Istambul, o inglês afirmou que quer ficar na Fórmula 1 por mais tempo —e não é a ambição pelo oitavo título que o motiva, mas o ativismo. "Só estamos começando a tornar o esporte responsável por questões sociais. Temos de continuar pensando em maneiras de ajudar nos direitos humanos e nas questões de sustentabilidade".

Emocionado, o piloto não escondeu as lágrimas ao conquistar a primeira posição da competição. "É muito importante que as crianças vejam isso. Não dê ouvidos a ninguém que lhe diga que você não pode alcançar algo. Sonhe o impossível. Fale com ele. Você tem que trabalhar por isso, persegui-lo e nunca desistir", disse.

"Estou sem palavras. Um grande obrigado à equipe. À Equipe LH por ter ficado comigo por todos esses anos. E à minha família. Este é um caminho, muito além dos nossos sonhos", concluiu o inglês.

Pista complicada

As condições da pista em Istambul foram unânimes para os pilotos. Lewis Hamilton disse, no sábado, ter saído satisfeito com o sexto posto porque "as condições estavam horríveis e eu tirei o máximo do carro".

O asfalto da pista turca foi refeito para uma etapa que não constava inicialmente no calendário, mas que foi confirmada no final de agosto como uma das provas que entrariam no lugar de GPs cancelados devido ao coronavírus.

Estes GPs substitutos têm condições especiais: uma delas é a chance de fazer melhorias pagas pela própria Fórmula 1. E os turcos, assim como os promotores do GP de Portugal, decidiram que era necessário recapear a pista e, também da .mesma forma como aconteceu em Portimão, isso ocorreu poucas semanas antes da corrida e depois que a Pirelli já tinha produzido os pneus que seriam levados ao GP.

O asfalto novo solta óleo, o que é potencializado quando chove. É por isso que os pilotos estavam sofrendo em Portimão e também tiveram problemas em Silverstone há dois anos. É normal que isso ocorra quando se reasfalta uma pista muito em cima do evento. Mas também existe a dúvida se o tipo de asfalto selecionado foi o mais apropriado para a pista.

*Com informações de Julianne Cesaroli, em colaboração para o UOL, em Londres.