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Cúpula da Fórmula 1 quer combater falta de diversidade na categoria

"Podemos dar mais oportunidades para que minorias e grupos étnicos se envolvam no automobilismo", disse Ross Brawn -
"Podemos dar mais oportunidades para que minorias e grupos étnicos se envolvam no automobilismo", disse Ross Brawn

Do UOL, em São Paulo

08/06/2020 18h24

Diante de protestos antirracismo que ganharam força novamente ao redor do mundo em 2020, a Fórmula 1 quer aproveitar para dar força a um plano antigo: o incentivo à diversidade na categoria, a começar pelas categorias de base.

Nos últimos dias, Lewis Hamilton se manifestou diversas vezes a respeito de protestos ao redor do mundo, em especial a respeito da morte de George Floyd, cidadão negro norte-americano morto por asfixia por um policial branco no dia 25 de maio. O britânico, atualmente na Mercedes, foi o primeiro piloto negro da história da F1, assumindo o posto de titular da McLaren em 2007.

Em declarações à Sky Sports, o diretor esportivo da Fórmula 1, Ross Brawn, disse que as cobranças de Hamilton por posicionamentos da categoria contra o racismo são "muito válidas". E, em apoio à pauta, disse que a cúpula da disputa precisa acelerar o incentivo à diversidade, tanto no grid quanto nos bastidores.

"Acho que nós, na Fórmula 1, reconhecemos há alguns anos que queremos fortalecer nossa diversidade", disse Brawn. "Pensamos que o motivo de não termos mais diversidade na Fórmula 1 começa bem no princípio, nas raízes, e mesmo nas escolas."

Segundo Brawn, 40% das crianças que se envolvem com o programa que aproxima a Fórmula 1 das escolas são meninas, "o que é um bom começo". A meta, agora, é tornar o automobilismo mais acessível.

"Passei as últimas semanas e meses trabalhando com um grupo a respeito de como podemos ter uma iniciativa realmente básica no kart para envolver as crianças bem no começo", disse Ross Brawn.

"O fato é que a Fórmula 1 é uma meritocracia muito forte. Deveria ser sempre assim, sempre o melhor vencendo. Não podemos forçar. Mas podemos dar mais oportunidades para que minorias e grupos étnicos se envolvam no automobilismo — não apenas como pilotos, mas como engenheiros e em outras atividades", acrescentou.

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