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Francês supera rebaixamento e leva equipe até a ser protagonista na Netflix

Pierre Gasly (Toro Rosso) comemora o segundo lugar no Grande Prêmio do Brasil de 2019 - Amanda Perobelli/Reuters
Pierre Gasly (Toro Rosso) comemora o segundo lugar no Grande Prêmio do Brasil de 2019 Imagem: Amanda Perobelli/Reuters

José Edgar de Matos e Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo (SP)

18/11/2019 04h00

Resumo da notícia

  • Pierre Gasly foi rebaixado pela Red Bull no meio da temporada para a Toro Rosso. Ontem (17), chegou em 2º no GP Brasil.
  • A melhor corrida da carreira ocorreu justamente no time "menor", que virou protagonista do domingo em Interlagos.
  • A Toro Rosso terá atenção especial na série da Fórmula 1 exibida pela Netflix; a produção do streaming filmou a comemoração dos mecânicos no paddock.
  • A próxima temporada do seriado "F1: Dirigir para Viver" também terá as presenças de Mercedes e Ferrari, que ficaram fora do primeiro ano.
  • Gasly classificou o domingo de GP Brasil como o "melhor dia da vida".
  • O francês tem contrato garantido para 2020 e vai permanecer na Toro Rosso.

A temporada de Pierre Gasly valeria um filme, ou mesmo uma série. Depois de um início ruim que valeu o rebaixamento da Red Bull para a Toro Rosso, o francês se recuperou com um improvável segundo lugar no Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, que vai levar a equipe a um papel de protagonista na plataforma Netflix.

Gravando a segunda temporada da série 'Fórmula 1: Dirigir Para Viver', a equipe do streaming filmou a comemoração efusiva dos mecânicos e funcionários da Toro Rosso no paddock. Não vão faltar cenas com champanhe e troféu do francês, de longe o objeto mais mimado pelos membros da equipe ligada à Red Bull.

A ressurreição de Gasly, inclusive, terá um papel de destaque, assim como a Mercedes e a Ferrari, que estiveram fora da temporada de estreia da série da Netflix. O francês começou o ano sob grande expectativa, mas acabou rapidamente punido pelo início ruim na Red Bull.

Sem pódios até agosto, acabou trocado pelo tailandês Alexander Albon, que já assegurou a vaga como companheiro de Max Verstappen em 2020. Na Toro Rosso, o francês precisou se reinventar para não perder um lugar na categoria máxima do automobilismo.

A resposta do francês veio na penúltima etapa da temporada. Em uma corrida movimentada no circuito de Interlagos, Gasly se aproveitou da colisão do campeão Lewis Hamilton (Mercedes) justamente com Alexander Albon para alcançar o melhor resultado da carreira.

Funcionários Toro Rosso - José Edgar de Matos/UOL Esporte - José Edgar de Matos/UOL Esporte
Funcionários da Toro Rosso comemoram para as câmeras da Netflix
Imagem: José Edgar de Matos/UOL Esporte

A emoção pelo segundo lugar era evidente, com o piloto sorridente e atendendo a mídia até o fim. Enquanto o vencedor Max Verstappen e o até então terceiro colocado Lewis Hamilton (o inglês perdeu o lugar no pódio após ser punido) já tinham ido embora rumo à entrevista coletiva, o francês permaneceu com os jornalistas no "cercadinho".

"É o meu primeiro pódio na Fórmula 1 e, sim, com certeza não esquecerei. É um momento muito especial, nem sei o que dizer. É emocionante e também por fazer isso com esses caras, com a Toro Rosso. Eles me deram um carro fantástico desde que voltei e estou muito feliz pela Honda e pela Toro Rosso. É um dia maravilhoso", destacou Gasly na coletiva.

Gasly não conseguiu adjetivar o dia de ontem (17). O francês tem vaga garantida na Toro Rosso para o ano que vem, mas agora quer embalar de vez na categoria máxima do automobilismo.

"É o dia mais feliz da minha vida. Quando criança, você sonha em estar na Fórmula 1 e, quanto isso acontece, se torna o melhor dia da sua vida. Depois, você sonha com o primeiro pódio. Para ser honesto, não achava que isso iria acontecer, voltar para a Toro Rosso durante a segunda parte da temporada", acrescentou.

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