Pilotos elogiam Interlagos, mas veem corrida no Rio com bons olhos
Os pilotos da Fórmula 1 veem com bons olhos a possibilidade do GP do Brasil mudar de São Paulo para o Rio de Janeiro. Embora elogie bastante a pista de Interlagos, a maioria acha que uma novidade seria interessante para o campeonato.
"Se eu só tivesse corrido uma vez aqui, talvez tivesse uma opinião diferente. Eu gosto muito desse traçado, mas também acho legal ir para novas pistas", disse o australiano Daniel Ricciardo, da Renault, que perguntou ao UOL Esporte se o Rio também tinha churrascarias. "Caso contrário eu iria aproveitar para comer toda a carne do mundo neste ano e ano que vem", brincou.
"É uma pista icônica, então seria uma pena perdê-la. Mas contando que continuemos correndo no Brasil, é o que importa", disse Valtteri Bottas, da Mercedes, pole position do GP do Brasil do ano passado. A opinião é parecida à de Romain Grosjean, da Haas. "Não somos nós que decidimos, mas o que posso dizer que é gosto de Interlagos, é uma das minhas pistas favoritas e tem muita história. O Rio é uma cidade belíssima, eu já estive lá e gostei muito, mas é claro que é um lugar diferente. A gente sempre sabe o que está perdendo, mas não sabe o que vai ganhar."
O contrato atual do GP Brasil vale até o final de 2020, e a corrida está garantida em Interlagos no ano que vem. A Fórmula 1 negocia com os representantes de São Paulo — a empresa Interpub, que organiza a prova, e a prefeitura da cidade — e também com o Rio de Janeiro.
Os cariocas ainda não começaram a construção da pista, na região de Deodoro. As instruções técnicas do Inea (Instituto Estadual do Meio-Ambiente), que determinam as regras para a construção em uma área militar em que hoje existe uma floresta, foi publicado em outubro. A expectativa do promotor JR Pereira é de que a obra demore 14 meses — com entrega prevista para o início de 2021 para receber a MotoGP, que já está confirmada. O prazo é apertado em comparação com outras pistas que estão no calendário da Fórmula 1.
Na avaliação da Liberty Media, empresa que controla a Fórmula 1, a proposta do Rio de Janeiro é mais vantajosa pela questão financeira: os cariocas oferecem pagar mais de 35 milhões de dólares por ano, dinheiro que seria captado por meio da Lei do Incentivo ao Esporte. A proposta atual de São Paulo, que deve aumentar, é quatro vezes menor. Já para a construção do circuito, orçado em mais de 700 milhões de reais, o dinheiro viria de empresa estrangeiras interessadas em um conjunto habitacional que seria levantado nos arredores da pista.
Neste final de semana, o CEO da Fórmula 1, Chase Carey, deve se encontrar com o governador de São Paulo, João Doria, mas não é esperado nenhum tipo de anúncio oficial. São Paulo quer uma resposta definitiva até maio, mas o UOL Esporte apurou que uma decisão deve sair antes.
O Brasil é um dos mercados mais importantes para a Fórmula 1, pois concentra a maior audiência mundial da TV. Paralelamente ao contrato do circuito, a categoria negocia com a Globo a extensão do contrato, que também vai até o final de 2020. Embora a F-1 esteja oferecendo condições bastante favoráveis, a emissora não vem demonstrando grande interesse na renovação.
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