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Hamilton espera ter Ferrari na pole em todas as corridas até o fim do ano

Charles Leclerc e Lewis Hamilton durante GP da Itália - Massimo Pinca/Reuters
Charles Leclerc e Lewis Hamilton durante GP da Itália Imagem: Massimo Pinca/Reuters

Julianne Cerasoli

Do UOL, na Cidade do México (MEX)

23/10/2019 04h00

Lewis Hamilton terá a primeira possibilidade de selar o hexacampeonato já neste final de semana, com quatro corridas para a temporada acabar, no GP do México. Mas o inglês é o primeiro a admitir que a Mercedes há algumas etapas já não tem a vantagem que permitiu com que ele escapasse na primeira parte do campeonato. Na verdade, o inglês não acredita que vai conseguir bater as Ferrari em nenhuma das classificações até o final do ano. Mas ele acha que, ainda assim, pode voltar a vencer ainda em 2019.

Para ser campeão já no México, Hamilton precisa vencer e torcer para seu companheiro, Valtteri Bottas, não passar de quinto. Mas ele mesmo já deixou essa possibilidade de lado, já que a Mercedes não costuma se adaptar bem ao circuito Hermanos Rodriguez. Prova disso é que, nos últimos dois anos, ele selou o título no México, mas sem ir ao pódio.

Agora, com o crescimento da Ferrari especialmente após o GP da Bélgica, ele acha que terá uma tarefa ainda mais difícil pela frente.

"As próximas corridas serão muito semelhantes ao que aconteceu nas últimas provas. A Ferrari tem uma velocidade de reta tão superior que isso torna muito difícil para nós conseguirmos nos classificar na frente deles. Então a solução é tentar batê-los nas corridas. Mas acho que isso é bom para quem está assistindo", disse ao UOL Esporte na última etapa, em Suzuka.

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Da Bélgica para cá, foram disputadas cinco corridas, e a Ferrari fez todas as poles positions (a maioria delas, com dobradinha na primeira fila). Isso teve a ver com uma combinação entre a evolução do motor (que já era o mais forte do grid) e novidades aerodinâmicas, que deram mais estabilidade ao carro. E a Mercedes não tem mais nenhuma novidade programada para o seu motor, já que os títulos estão garantidos - eles já são campeões de construtores e só Hamilton e Bottas têm chances entre os pilotos - e o regulamento fica estável para o próximo ano.

Mesmo assim, a Mercedes conseguiu vencer as duas últimas corridas - na Rússia, com Hamilton, e no Japão, com Bottas. Isso porque o motor ferrarista não faz tanta diferença na corrida, e a Mercedes ainda tem um carro mais equilibrado, como lembrou Vettel ao UOL Esporte.

"Parece que eles cuidam melhor dos pneus durante as corridas. Mas, no final das contas, ainda assim estamos numa fase positiva. Só temos de nos certificar de que vamos manter esse bom nível para continuar aprendendo o máximo possível para o ano que vem."

O fato das Ferrari terem um carro melhor na classificação, mas não na corrida, tem movimentado as últimas etapas, e o mesmo é esperado para a corrida deste final de semana no México, onde a Red Bull também deve aparecer forte. Isso porque o circuito Hermanos Rodriguez é localizado a 2.200m de altitude, e isso quer dizer que as equipes usam uma configuração parecida com Mônaco mesmo enfrentando longas retas. E é o time de Max Verstappen que, historicamente, se adapta melhor a essa situação.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Ao contrário do que foi informado inicialmente pela reportagem, restam quatro corridas para o fim da temporada, e não cinco.

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