Não foi só sorte: derrota deixa Hamilton alerta com ritmo da Ferrari
Nos treinos livres, ele dominou. Na classificação, não teve para ninguém. Mas durante o GP da Austrália, em momento algum o inglês Lewis Hamilton conseguiu abrir mais de três segundos para a Ferrari. E acabou perdendo a corrida para o alemão Sebastian Vettel depois que o alemão fez uma aposta acertada na estratégia e teve sorte com um safety car.
A Ferrari usou Kimi Raikkonen para atrair Hamilton para os boxes, chamando o finlandês cedo para sua única parada na corrida. Como não tinha aberto uma grande vantagem, coube ao inglês parar na volta seguinte para não perder a posição. Foi então que Vettel assumiu a primeira posição. A tática era retardar sua parada ao máximo para aproveitar um possível safety car. E ele veio, depois que o francês Romain Grosjean parou sua Haas em posição perigosa.
Durante o que começou como um período de safety car virtual, os pilotos têm um tempo de volta mínimo e máximo para respeitar. E, quando uma falha no software da Mercedes fez com que Hamilton andasse mais devagar do que deveria, Vettel acabou tendo tempo suficiente para fazer sua troca de pneus e voltar na ponta, vencendo a primeira corrida do ano.
A impressão foi de que Hamilton só não ganhou porque estava poupando o equipamento na parte inicial e pela falha do software no momento crítico do safety car virtual, mas o inglês não está convencido de que a Mercedes tem a vantagem que se esperava em ritmo de corrida, algo que já marcou a temporada passada.
“Fizemos nossa parada na hora certa e voltei um pouco na frente [de Raikkonen]. Eu consegui igualar os tempos do Kimi e até ir um pouco mais rápido, mas acho que o ritmo entre os dois carros estava muito próximo.”
O que anima a Ferrari é que o GP da Austrália não foi disputado sob as melhores condições para seu carro e ambos os pilotos têm destacado a grande evolução do equipamento de uma sessão para a outra e mostram confiança de que estão no caminho certo.
Até por isso, Raikkonen, que chegou em terceiro lugar, prefere esperar até a próxima etapa, que será realizada em um circuito permanente, ao contrário de Melbourne, que é uma pista de rua, e provavelmente com mais calor, algo que pode ajudar a Ferrari.
“Vamos para um circuito, digamos, mais normal na próxima corrida, no calor, e então veremos o que podemos fazer lá”, disse o finlandês sobre a segunda etapa da temporada, que será disputada no Bahrein, em duas semanas.
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