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Qual melhor caminho para Brasil voltar à F1? Times vivem "congestionamento"

Sette Camara já foi da Red Bull, mas hoje busca alternativas na F-1 - Dutch Photo Agency/Red Bull Content Pool
Sette Camara já foi da Red Bull, mas hoje busca alternativas na F-1 Imagem: Dutch Photo Agency/Red Bull Content Pool

Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo

14/12/2017 04h00

Os exemplos de pilotos que estrearam na Fórmula 1 nos últimos anos tem deixado muito claro: ou você tem um caminhão de dinheiro, ou é apoiado por um programa de jovens pilotos de alguma equipe grande. Em 2017, fizeram sua primeira temporada completa na categoria Lance Stroll, que conseguiu a vaga na Williams muito em função do grande aporte financeiro, Stoffel Vandoorne, apoiado pela McLaren, e Esteban Ocon, que é piloto Mercedes. Ao longo do ano, tiveram chances Pierre Gasly e Brendon Hartley por conta da relação com a Red Bull, e Antonio Giovinazzi, piloto apoiado pela Ferrari.

Para a grande maioria dos jovens pilotos, que não contam com patrocinadores dispostos a colocar de 15 a 20 milhões de dólares por ano em uma equipe, o melhor caminho é, portanto, associar-se a uma equipe. É o caminho que os brasileiros Enzo Fittipaldi, da F-4, e Gianluca Petecof, kartista, vêm tentando. Ambos fazem parte da Academia da Ferrari.

Enzo Fittipaldi - Ferrari/Divulgação - Ferrari/Divulgação
Enzo Fittipaldi está há um ano no programa da Ferrari
Imagem: Ferrari/Divulgação
É justamente o programa italiano que tem os pilotos mais prontos no momento: já está confirmada a estreia de Charles Leclerc ano que vem pela Sauber, e Giovinazzi deve seguir em seu papel de piloto de testes. Curiosamente, somente os dois e Sergio Perez chegaram à F-1 pela Academia.
Na Mercedes, além de Ocon, existe a expectativa pela evolução do britânico George Russell, de 19 anos. Campeão da GP3 em seu ano de estreia, o piloto vai correr na F-2 neste ano e será piloto de testes da Force India, e acredita que estará no grid em 2019.

Na McLaren, o programa também já tem seu próximo candidato: Lando Norris dará ano que vem um salto importante, indo para a F-2, como companheiro do brasileiro Sergio Sette Camara, depois de ter sido campeão europeu da F-3 em 2017. O britânico tem 18 anos e pode ter de esperar para ser efetivado, uma vez que o contrato atual de Alonso é de mais de um ano e Vandoorne vai fazer apenas sua segunda temporada.

Curiosamente, é o programa que mais nomes levou à F-1 que está menos congestionado no momento: a Red Bull teve de ir atrás de Hartley, que tinha sido dispensado há anos, para suprir a vaga de Carlos Sainz quando o espanhol foi emprestado para a Renault. Isso porque apenas um piloto do programa, Pierre Gasly, tinha os pontos necessários para obter a superlicença quando a vaga da Daniil Kvyat foi aberta com a demissão do russo. Com a possibilidade de Daniel Ricciardo não renovar seu contrato, que acaba no final de 2018, ou um dos novatos não agradar na Toro Rosso, mais uma vaga será aberta.

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