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Samaia está perto de título na F-3, mas não sabe o que vai fazer em 2018

Guilherme Samaia lidera a F-3 Brasil - Duda Bairros
Guilherme Samaia lidera a F-3 Brasil
Imagem: Duda Bairros

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Sepang (MAL)

29/09/2017 02h22

Três campeonatos diferentes, em dois continentes, em um único ano. É a saída que o piloto brasileiro Guilherme Samaia encontrou para aliar a boa qualidade do equipamento do Brasil com a maior competitividade das categorias da Inglaterra, em sua tentativa de chegar mais perto do sonho de correr na F-1.

Samaia está perto de conquistar o título da F-3 Brasil, tendo 51 pontos de vantagem para Giuliano Raucci com duas corridas para o final - a pontuação máxima em um final de semana é de 30 pontos. E ao mesmo tempo disputa a F-3 Inglesa e a Euro Fórmula.

Para o piloto de 20 anos, a experiência deixou claro o que falta para o Brasil formar mais pilotos.

“A categoria de base do Brasil sofre um pouco com a deficiência de estrutura, investimento e competitividade, por culpa da CBA e pela falta de apoio. O equipamento e as equipes são muito bons, mas o que falta é estrutura para os pilotos evoluírem. E por conta disso estamos em uma situação delicada para a formação de pilotos porque está tudo abandonado”, disse ao UOL Esporte.

Mesmo assim, Samaia justifica sua decisão de continuar correndo no Brasil nesta temporada devido à qualidade do equipamento.

“Decidi ficar porque o carro é muito bom, melhor e mais sofisticado até que o da Inglaterra, e as pistas do Brasil também são boas para aprender a guiar, mesmo estando meio abandonadas. Então eu consegui evoluir bastante neste ano. Mas ao mesmo tempo deu para sentir que a competitividade na Inglaterra é muito maior, é realmente o berço do automobilismo e atrai gente do mundo todo.”

Mesmo perto do título, Samaia não tem garantias de que conseguirá o apoio financeiro necessário para dar mais um passo e se firmar na Europa.

“O plano para o ano que vem ainda está indefinido. Depende muito de patrocinadores, pois o automobilismo é um esporte que depende muito de apoio financeiro. Então eu foco em melhorar como piloto, enquanto meu pai busca apoiadores. Se a gente conseguir, queremos continuar na Europa para ficar mais perto da F-1, que é onde queremos chegar. Acho que essa falta de apoio tem muito a ver com a falta de pilotos brasileiros em categorias fortes, com a possibilidade de evoluir”, avalia.

A F-3 Brasil ainda tem duas etapas pela frente neste ano, dia 19 de novembro, em Goiânia, e dia 10 de dezembro, em Interlagos.

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