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Fórmula 1

Em ritmo de reggae, Hamilton dribla pneus e assombra rivais em Baku

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Baku (Azerbaijão)

24/06/2017 12h52

Dentro da pista, Lewis Hamilton fez mais uma grande volta para se firmar entre os melhores pilotos que a Fórmula 1 já viu em classificações, ficando a duas de alcançar o recorde de Michael Schumacher ao ser quase meio segundo mais rápido que o companheiro Valtteri Bottas na definição do grid para o GP do Azerbaijão. Fora dela, o vice-líder do campeonato não poderia estar mais sossegado.

“Sabe que música ouvi antes do treino? Leroy Gibbons, This Magical Moment”, revelou o piloto ao UOL Esporte, citando um clássico do reggae. “Sei lá, acho que estou mais caribenho neste final de semana, usando chinelos e mais sossegado.”

Seja lá qual for a receita o tricampeão, ela funcionou à perfeição neste sábado em Baku. Depois de sofrer com o aquecimento dos pneus nos treinos livres, a Mercedes deu a volta por cima e colocou mais de um segundo no rival mais próximo. Afinal, na classificação, foi a Ferrari que acabou sofrendo. “A diferença não me surpreende, porque minha sensação com os pneus não era boa. Sabia que, se conseguíssemos fazer os pneus funcionarem, poderíamos ser muito mais rápidos, mas obviamente esse não foi o caso”, disse Kimi Raikkonen, que ficou com a terceira colocação, na segunda vez no ano em que superou o companheiro e líder do campeonato Sebastian Vettel, que sai apenas em quarto. “Cometi alguns erros na minha volta”, justificou o alemão, que também teve de trocar um componente do motor antes da classificação devido a um vazamento hidráulico e vai para a corrida com menos potência que a outra Ferrari.

Porém, mesmo que seus rivais não estivessem na melhor posição possível para atacar - Max Verstappen, que liderou a sexta-feira, também teve problemas de motor e não conseguiu usar toda a potência na definição do grid, terminando em quinto - a volta de Hamilton foi impressionante.
Isso, até mesmo para o companheiro Bottas, que vinha liderando até que foi superado pelo inglês, já com o cronômetro zerado. “Parecia que estava próximo, mas no final a diferença foi muito grande”, reconheceu. “É sempre bom disputar com um piloto rápido e Lewis é um dos mais rápidos de todos os tempos e isso é muito motivador para mim. No final das contas, é bom para mim também.”

Mesmo com a boa fase de Hamilton, o finlandês tem conseguido fazer um papel competente, tendo superado o inglês em três das oito classificações disputadas até aqui. A pole em Baku, contudo, é importante para o tricampeão, que tem 12 pontos de desvantagem para Vettel no campeonato e tem uma boa chance de descontar pelo menos parte desta diferença na prova que tem largada às 10h da manhã do domingo pelo horário de Brasília.

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