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De time a mentores, 4 motivos para Alonso não ser um simples estreante Indy

Fernando Alonso foi o piloto que mais deu voltas na terça - Chris Owens/Indy
Fernando Alonso foi o piloto que mais deu voltas na terça Imagem: Chris Owens/Indy

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Londres (ING)

18/05/2017 04h00

Fernando Alonso será um dos quatro estreantes que vão disputar as 500 Milhas de Indianápolis, mas está em uma posição muito melhor de fazer um bom resultado na prova do dia 28 de maio do que qualquer um deles. Tanto por sua própria qualidade, quanto pela situação em que está fazendo sua primeira participação na prova, entenda por que o bicampeão da F-1 não é um rookie como os outros.

1. Equipe forte: A Penske tem sido o time a ser batido na Indy neste ano, com quatro pilotos entre os cinco mais bem colocados no campeonato, mas a Andretti também está entre as melhores equipes da Indy e tem bom histórico em Indianápolis. Além disso, o time teve uma experiência importante ano passado com Alex Rossi que tinha pouca experiência com ovais quando venceu as 500 Milhas em sua primeira tentativa.

2. Estrategista e mentor de gala: Será ninguém menos que o chefe da Andretti, Michael, quem vai comandar a estratégia de Alonso durante a prova, algo fundamental para um bom resultado nas 500 Milhas. Além do ex-campeão da Indy, Alonso está contando com a ajuda do brasileiro Gil de Ferran, bicampeão da Indy e vencedor em Indianápolis em 2003.

3. 'Mãozinha' de companheiros de equipe: na F-1, Alonso está acostumado a ter seu companheiro de equipe como seu primeiro grande rival. Porém, em sua preparação para as 500 Milhas, ele tem contado com a ajuda valiosa de Rossi, Ryan Hunter-Reay, Takuma Sato e Marco Andretti, especialmente para treiná-lo a andar no tráfego, uma vez que o carro da Indy em um oval de alta velocidade se comporta de maneira bem diferente em situação de corrida. “Meus companheiros estão cuidando de mim de maneira assombrosa”, disse o espanhol.

4. Adaptabilidade e experiência: Alonso tem destacado em suas entrevistas o quanto a falta de experiência em ovais pode pesar contra ele mesmo ao longo da corrida em Indianápolis, mas nos primeiros treinos é justamente o fato de já ter pilotado carros com comportamentos diferentes - e ter tido sucesso com todos eles - que tem sido destacado por seu mentor. “A diferença de um grande piloto é a sensibilidade que ele tem com o carro. E isso o Alonso tem muita”, destacou Gil de Ferran. Em sua carreira na F-1, a adaptabilidade a diferentes regulamentos sempre foi a marca registrada do espanhol e isso também o distingue dos demais rookies.

Os outros estreantes desta que é a 101ª edição das 500 Milhas de Indianápolis são o britânico Jack Harvey, de 24 anos, vice-campeão da Indy Light em 2014 e 2015; Zach Veach, de 22 anos, que fará sua segunda prova na categoria; e Ed Jones, também de 22 anos.

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