De iniciais dos chefes a tributo à esposa: de onde vêm os nomes dos carros?
Tão logo a McLaren divulgou que o nome de seu carro para a temporada de 2017 será MCL32, os fãs e a imprensa especializada já começaram a polemizar. Afinal, isso significava o fim de uma dinastia que fez história na categoria. Tudo isso por conta de uma sigla? Sim, os nomes dos carros da F-1 são cheios de significados.
No caso da McLaren, desde 1981 os carros do time levavam a sigla MP4 no nome, sendo que o primeiro deles já foi revolucionário, sendo o primeiro a ter o monocoque feito com fibra de carbono, material ao mesmo tempo resistente e leve que até hoje é fundamental na categoria.
O nome MP4 vinha de McLaren Project Four. O Project 4 era a equipe de Ron Dennis nas categorias de base e, quando foi feita a fusão, a forma de dar continuidade ao nome foi colocar as iniciais no carro. Junto com a chefia de Dennis, veio um período de muitos títulos na McLaren, especialmente nos anos 1980 e no final dos 1990. Agora, com a saída do britânico, que não foi das mais amigáveis, a nova direção entendeu que era a hora de mudar. Só não explicaram por que MCL32, uma vez que os carros do time originalmente só levavam a letra M no nome e essa dinastia acabou no M29.
Há equipes como as duas pertencentes à Red Bull que apenas usam seus nomes e o número do projeto, como RB13 e STR12 (Scuderia Toro Rosso), mas há outras histórias curiosas no grid.
Confira as origens dos nomes dos carros da F-1:
Mercedes - W08: Desde os primórdios da presença da Mercedes no mundo das corridas, os carros têm começado com a letra W. E o motivo é simples: é a inicial de ‘wagen’ (carro, em alemão). O W08, portanto, indica que esta será a oitava temporada desde que a marca retornou à F-1, em 2010.
Ferrari - sem nome divulgado: A equipe mais tradicional do grid é a que menos mantém um padrão nos nomes de seus carros. Mais recentemente, houve um esboço de padrão, começando pelo F2000, indicando o nome Ferrari e o ano de disputa do campeonato, mas isso acabou já em 2006, quando Michael Shumacher e Felipe Massa correram com o 248 F1 (24 sendo a capacidade em decilitros e 8 as cilindros do motor). Em 2009, o time teve o F60, em comemoração ao 60º ano do time na F-1. Até os 150 anos da reunificação italiana foram lembrados no 150º Italia de 2011. Recentemente, as referências aos anos voltaram - o modelo do ano passado foi o SF16-H (Scuderia Ferrari 16 Híbrido). Mas cogita-se que o carro deste ano ganhe as iniciais de Jules Bianchi, morto em 2015.
Williams - FW40: Para comemorar seus 40 anos de Fórmula 1, a Williams alterou o que seria a sequência natural de sua linhagem e pulou do FW38 de 2016 para o FW40 em 2017. As iniciais, claro, são referência ao fundador do time, Frank Williams.
Haas - VF-17: A história não é oficial, mas Gene Haas já explicou que as iniciais vêm de “Very First”, algo como “primeirão”. Curiosamente, mesmo que o carro deste ano já seja o segundo da equipe, o nome foi mantido.
Force India - VJM10: Como o dono da equipe se chama Vijay Mallya, a primeira reação é pensar que o nome é em sua homenagem, mas não é bem assim. Na verdade, são as iniciais dos três donos do time: Vijay, Jan Mol e Michiel Mol.
Sauber - C36: Nem mesmo a venda da equipe suíça fez com que sua tradição fosse deixada de lado. O fundador Peter Sauber determinou que os carros de seu time sempre começassem com a letra C por um simples motivo: homenagear a esposa, Christiane.
Os carros da temporada de 2017 estão sendo lançados nesta semana e estreiam oficialmente nas pistas nos primeiros testes coletivos, que serão realizados no Circuito da Catalunha, na Espanha, a partir de 27 de fevereiro. A primeira corrida será disputada na Austrália, dia 26 de março.
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