Novo chefe da F-1, Ross Brawn quer acabar com asa móvel: 'É artificial'

No que depender do novo líder da parte esportiva da Fórmula 1, soluções artificiais para melhorar o espetáculo, como a asa traseira móvel, devem virar peça de museu em pouco tempo. O diretor fala em cuidado e diálogo para fazer mudanças na categoria, mas defende soluções mais naturais para aumentar a competitividade do esporte.
"Devemos evitar, como tem acontecido nos últimos anos, cair na tentação de criar shows artificiais", disse o ex-chefe de times como Ferrari e Mercedes. "Mas eu concordo com a necessidade de garantir que haja mais concorrência. Para isso precisamos de paciência, não podemos mudar tudo de uma hora para a outra. Este é um esporte complexo."
O engenheiro citou especificamente seu descontentamento com o uso da asa móvel, que ajuda a diminuir a resistência ao ar nas retas e promove o aumento do número de ultrapassagens, sendo usada desde 2011.
"Precisamos ter certeza de que não há soluções artificiais. A asa móvel é artificial e todos sabemos disso. Precisamos encontrar soluções mais puras. Tenho algumas ideias, não posso compartilhá-las agora porque quero dividi-las com as equipes primeiro, mas podemos começar a estudar soluções e talvez usá-las em 2018 ou 2019."
É bastante improvável, contudo, que alguma mudança seja implementada já em 2017. “Nos últimos anos, eu vi que a F1 não mudou. É importante melhorar, mas devemos ter cuidado para preservar a essência das corridas", salientou Brawn.
"Da minha parte, depois de um período de estudo, devemos pensar em um plano de três a cinco anos e introduzir inovações gradualmente. Agir rapidamente pode ser contraproducente."
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