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Em "situação impossível", Hamilton precisa de um 'Petrov' para ser campeão

Um erro estratégico deixou o favorito Alonso preso atrás de Petrov por mais de metade do GP  - Mark Thompson/Getty Images
Um erro estratégico deixou o favorito Alonso preso atrás de Petrov por mais de metade do GP Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Do UOL, em Abu Dhabi

25/11/2016 06h00

As estatísticas dizem que Nico Rosberg tem quase 90% de chances de ser campeão do mundo neste domingo, no GP de Abu Dhabi, com largada às 11h pelo horário de Brasília. Porém, o circuito de Yas Marina, nos Emirados Árabes Unidos, já foi palco de uma decisão em que a lógica ficou longe de se confirmar. E é justamente de algo parecido que Lewis Hamilton precisa para levar o quarto título mundial.

Em 2010, quatro pilotos - Fernando Alonso, Mark Webber, Sebastian Vettel e o próprio Hamilton - chegaram com chances de levar o campeonato na última prova. Com 24 pontos de desvantagem para Alonso, Hamilton era quem tinha menos chances. Webber, por sua vez, tinha os mesmos 12 pontos que o inglês tem hoje de desvantagem e Vettel estava a 15 do espanhol. Com isso, Alonso só precisava ser terceiro para não depender de qualquer resultado.

O espanhol largou em terceiro e perdeu uma posição na largada, mas estava à frente de Webber e mantinha o quarto posto que seria suficiente para bater Vettel, que dominou todo o final de semana. Tudo parecia ir de acordo com os planos quando a Ferrari cometeu um erro estratégico, provocada por uma parada da Red Bull, antecipou seu pit stop e colocou Alonso no tráfego.

Preso atrás de carros que tinham aproveitado um acidente na primeira volta para fazer seu pit stop, na época em que os pneus Bridgestone tinham pouco desgaste e em que era particularmente difícil ultrapassar em Abu Dhabi, sem a ajuda do DRS, Alonso passou o resto da prova atrás de Vitaly Petrov, em sétimo, bem longe do quarto posto de que precisava. E Vettel venceu de ponta a ponta e conquistou o campeonato.

É de algo fora do comum como o que ocorreu em 2010 em Yas Marina de que Hamilton precisa. O inglês sabe, no entanto, que tudo o que pode fazer para maximizar suas chances é vencer a prova, como tem feito nas últimas três etapas, desde que teve a quebra do motor na Malásia, que o colocou em situação bastante delicada no campeonato.

“A temporada não foi perfeita e estou em uma situação bem impossível, não importa o que eu faça neste final de semana”, admitiu. “Mas não vou desistir. Nunca se sabe o que pode acontecer, não importa o quão improvável seja. Terei orgulho de mim mesmo e do que conquistei contando que eu sinta que dei o meu melhor e tive a melhor performance possível”.

As atividades para o GP de Abu Dhabi começam na sexta-feira, com duas sessões de 1h30 de treinos livres a partir das 7h e das 11h pelo horário de Brasília. A classificação será às 11h do sábado, mesmo horário da corrida, no domingo.

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