Vem mais um Massa por aí? Felipinho segue mesmos passos do pai, revela avô
Um menino assistindo ao pai acelerar nas pistas e querendo um ‘brinquedo’ igual. O filme que Titônio Massa viu com seu filho Felipe hoje observa com o neto Felipinho, prestes a fazer sete anos. Tanto, que já admite que pode não demorar muito para se tornar avô de piloto.
Titônio, que correu em categorias brasileiras de turismo, afirmou ao UOL Esporte que o gosto do neto pelas corridas é visível - apesar de garantir que não existe nenhum tipo de pressão ou planejamento por parte da família.
“Acho que vou virar avô de piloto porque o Felipinho gosta muito, já está dando umas voltinhas de kart. Claro que ele é muito novinho e sou contra os meninos que vemos por aí correndo como profissionais aos seis ou sete anos. Acho que a criança tem que brincar. Ele não tem cabeça para ter concentração ainda”, defende.
“Mas ele tem uma coisa que o pai dele sempre teve: é extremamente competitivo. Ele não gosta de ficar andando sozinho na pista. E o pai dele era igual.”
Apesar de admitir que gostaria que o neto se tornasse jogador de futebol - outro esporte pelo qual o menino demonstra interesse, tendo chamado a atenção em escolinhas desde muito cedo e costumeiramente batendo uma bola nos paddocks quando está presente nas corridas - Titônio lembra que a carreira de Felipinho no automobilismo seria facilitada pelas portas abertas pelo próprio pai.
“Se vai dar certo ou não, é lógico que tem muito chão pela frente ainda. Lógico que ele tem a facilidade que eu não tinha de ter um pai piloto de F-1, que conhece várias pessoas e sabe onde colocá-lo se ele quiser seguir a carreira. Isso o ajudaria. Eu queria que ele fosse jogador de futebol, mas acho que ele vai pelo menos tentar ser piloto.”
Felipe Massa já falou diversas vezes sobre o assunto, deixando claro que quer que o filho “seja feliz, independentemente do que fizer. Mas se ele quiser ser piloto claro que vou ajudar.”
O gosto pelo automobilismo desde cedo foi algo que fez parte da vida do piloto que se despede neste final de semana, no GP de Abu Dhabi, da Fórmula 1. Felipe costumava acompanhar Titônio quando o pai disputava o Campeonato Brasileiro de Marcas.
“Naquele momento, jamais [imaginaria que ele seria piloto]”, admite Titônio. “Ele era um garoto. Eu é quem estava me divertindo e ele me acompanhava na minha diversão. Nem me passava pela cabeça que ele chegaria tão longe. Isso só começou quando ele realmente começou a correr e eu pensava ‘se ele continuar, vai ter sucesso’.”
Apesar da família Massa ter uma condição financeira boa, o investimento em uma carreira no automobilismo era demasiadamente alto e Massa sempre dependeu de seus resultados e patrocinadores para seguir adiante.
“Sempre achei que o kart era importante, mas nunca quis gastar muito dinheiro. Sempre achei que, quando ele pulasse o muro do kartódromo para o autódromo de Interlagos, era quando a coisa iria começar, que a carreira dele ia decolar. E ele fez uma belíssima carreira nas categorias de base. Foi uma carreira sacrificada, mas belíssima: tanto, que o levou à F-1.”
Massa começou a andar de kart aos 8 anos, mas só passou a competir com carros de fórmula aos 16. Dois anos depois, passou a competir na Europa, conquistando títulos na F-Renault e na F-3000 antes de chegar à F-1, em 2002, aos 21 anos. Na categoria máxima do automobilismo, passou pela Sauber, Ferrari e Williams e, neste final de semana, completa 250 GPs.
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