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Fórmula 1

Do carro à hidratação, Massa explica por que tudo é diferente em Cingapura

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Cingapura

16/09/2016 11h29

A corrida de Cingapura não é diferente apenas por ser disputada à noite. A combinação entre as características do traçado e o clima bastante quente e úmido fazem com que pilotos e equipes tenham de se adaptar em diversos aspectos, desde o acerto do carro até a hidratação.

Com mais de 20 curvas, o circuito exige que as equipes usem a carga aerodinâmica máxima para manter o carro ‘grudado’ no chão, a exemplo do que acontece no GP de Mônaco.

“Em uma pista de rua, você precisa ter a frente do carro mais agressiva porque a tendência do carro é sempre sair de frente, então você prende-o mais para poder antecipar a curva e fazer a linha certa”, explica Felipe Massa, que fez a pole position da prova de 2008.

Porém, o calor faz com que a pista se diferencie do Principado. “É muito difícil manter a temperatura dos pneus consistente aqui. A tendência do pneu superaquecer é muito forte e essa é a grande diferença em relação a Mônaco, onde se usa muito menos pneu.”

Isso influi tanto na disputa da classificação, em que os pilotos nunca dão duas voltas rápidas em sequência e, inclusive, aquecem os pneus com cuidado para poderem explorar a aderência ao máximo, sem perder rendimento por superaquecimento no final da volta, quando na corrida, disputada em um ritmo bastante lento por conta do desgaste de pneus. Com isso, a corrida sempre chega próxima do limite de duas horas, o que é bastante desgastante para os pilotos, ainda mais com a sensação térmica acima dos 30 graus mesmo à noite.

“É uma corrida em que você perde muita energia e líquido e, além disso, tem sempre o risco de perder o carro e bater no muro. Então são vários fatores diferentes aqui”, afirmou Massa. 

A classificação para a 15ª etapa do campeonato começa às 10h do sábado. O GP, no domingo, começa às 9h.

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