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Uma volta em 65s: F-1 pode bater recorde de mais de 25 anos no próximo GP

Andrej Isakovic/AFP
Imagem: Andrej Isakovic/AFP

Do UOL, em Barcelona (ESP)

27/06/2016 05h37

A Fórmula 1 deve ter sua pole position mais rápida em pelo menos 25 anos neste final de semana na Áustria. Isso porque o circuito de Spielberg, de 4,326km, já era um dos mais velozes do calendário e será ainda mais rápido com modificações feitas no asfalto e em algumas zebras.

Ano passado, Lewis Hamilton fez a pole position na Áustria em 1m08.455s, ainda que o melhor tempo da história do circuito tenha sido registrado por Michael Schumacher, em uma sessão de treinos livres em 2003 - 1m07.908s. Contudo, com as modificações e tendo em vista a melhora das marcas de outras categorias que já correram no circuito após as mudanças, espera-se que a pole deste ano esteja na casa dos 1m06 e possa, inclusive, chegar a 1min05.

Além das mudanças na pista, os carros estão mais rápidos neste ano, além do GP da Áustria ser um daqueles em que o novo pneu ultramacio, mais aderente e veloz, será utilizado.

A Fórmula 1 não tem um tempo de volta tão baixo desde que Nigel Mansell fez a pole do GP da França em 1min04s402 em 1990, no último ano em que a F-1 correu no circuito curto de Paul Ricard.

O escocês Paul Di Resta, que é reserva da Williams e corre na DTM, é um dos que já teve a experiência de andar no novo Spielberg. “Para nós, foram 2s5 de melhora”, revelou ao Motorsport.com. “O asfalto é mais liso e dá mais aderência nas curvas. É menos ondulado, então dá para otimizar melhor o carro - dá para andar mais baixo, o que melhora a aerodinâmica. As zebras são diferentes também, um pouco mais planas.”

O piloto acredita que os carros de F-1 possam chegar a 1min05 durante o final de semana. “Vai ser muito rápido e o os pilotos vão ficar ocupados. Será um desafio para eles.”

A grande consequência de um tempo de volta tão curto é o tráfego, que deve atrapalhar a classificação especialmente em sua primeira parte, quando todos os 22 pilotos estarão na pista, e também na corrida, uma vez que a tendência é que os líderes tenham mais trabalho com os retardatários.

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