Sensação do campeonato com a Haas, Grosjean critica rivais "invejosos"

Antes da temporada começar, Romain Grosjean mal poderia esperar que se tornaria o centro das atenções na terceira etapa do campeonato. Afinal, havia feito uma mudança arriscada, saindo da Lotus, pela qual conquistou pódios nos últimos anos, para embarcar em um projeto totalmente novo na Haas. Porém, após o sexto lugar na Austrália e o quinto no Bahrein, o francês está tendo de lidar com o que chama de “inveja” dos rivais.

A Haas tem sido alvo de críticas por ter se beneficiado do máximo de cooperação com uma outra equipe - no caso, a Ferrari - permitido pelas regras para construir seu carro. Com isso, alguns chamam o carro da equipe norte-americana de “Ferrari cinza” ou “Ferrari B”, ironizando o grande início do time.

Perguntado se sente inveja dos críticos, Grosjean disse concordar em “100%”. Para ele, “há duas abordagens - a da Claire Williams, que é muito legal, dizendo que é bom para a F-1 que uma nova equipe chegue, principalmente dos EUA, e tenha sucesso, pois isso dá mais audiência em um país grande, e gera ideias para outros que queiram entrar na categoria. Tenho certeza de que adoraríamos ver um grid com 26, 28 carros”, avaliou.

“Mas também tem os outros que só estão com inveja porque eles não conseguiram o que nós conseguimos. Eles dizem que somos uma Ferrari, que não é como deveria ser. Temos uma filosofia completamente diferente: asas, laterais, bico. É um carro da Haas”, defendeu.

“Temos peças mecânicas da Ferrari e isso é bom para nós. Mas o resto é um carro da Haas.”

Além de contar com a parte mecânica e motor da Scuderia, a Haas utilizou largamente o túnel de vento dos italianos.

Os treinos livres para o GP da China começam às 23h desta quinta-feira, pelo horário de Brasília. A classificação será às 4h da madrugada do sábado e a largada, às 3h do domingo.