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Fórmula 1

Alonso revela fraturas nas costelas e não confirma se estará no GP da China

Do UOL, em São Paulo

31/03/2016 09h53

Após ser vetado pelos médicos da FIA, que o proibiram de disputar o GP do Bahrein nesta semana, Fernando Alonso revelou ter descoberto fraturas em suas costelas apenas dias depois do acidente sofrido no GP da Austrália, há duas semanas. Foram justamente tais lesões que levaram à decisão, tomada nesta quinta-feira, no paddock em Sakhir, quando o piloto já se preparava para a segunda etapa do campeonato. 

“Estou um pouco desapontado porque obviamente somos competitivos e amamos o esporte, então queremos competir. Então chegar aqui e não poder sequer tentar é triste. Foram dias com dor, mas estava pronto para enfrentar essa dor no carro e correr. Afinal, no final das contas a dor é administrável, é só não pensar muito. Mas eu entendo que os médicos acreditem que há um risco”, aceitou o piloto da McLaren.

Alonso explicou que, embora tenha sido liberado pelos médicos na Austrália, suas dores se intensificaram nos dias seguintes, quando foram identificadas as fraturas.

“Após o acidente, eu estava bem, só tinha dores nos joelhos e os médicos me liberaram. Na segunda, estava com uma dor geral, mas nada sério. Depois voltei para a Espanha e a dor estava maior, então fizemos exames e eu estava com pneumotórax, que sumiu logo em seguida, e algumas fraturas na costela e, como há muitas forças quando se pilota um F-1, existia a chance da costela se mover e afetar o pulmão, por exemplo. É no peito, onde há órgãos, e não há muito o que fazer”, se conformou o espanhol.

“Estou com dificuldade de dormir, com dor, mas queria sentar no carro e ver se dava. Você entende que o esporte é assim e qualquer coisa pode acontecer. Mas você ama tanto isso que o risco é irrelevante quando você está no carro.”

Como se trata de uma lesão que pode levar algumas semanas para se curar totalmente, Alonso reconheceu que pode perder também o GP da China, etapa seguinte do campeonato,

“Vou ter que fazer um novo teste daqui a oito ou 10 dias e a FIA vai me avaliar de novo. A segurança vem antes de tudo. As costelas ainda não estão totalmente ‘coladas’. No momento, o risco é muito baixo, mas ele existe. Vou me recuperar, só não tenho como garantir que isso vai acontecer para a próxima prova.”

Mesmo fora da corrida, o espanhol decidiu permanecer no Bahrein e ajudar seu substituto, Stoffel Vandoorne, que fará a estreia na Fórmula 1, além de acompanhar de perto o progresso da McLaren. “A equipe falou para eu voltar para casa, mas eu disse não. Quero ver os carros, quero ouvir o barulho, quero ver se nossos updates funcionam.”

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