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A Fórmula 1 não entende de ultrapassagem, afirma diretor da Williams

Drew Gibson/Getty Images
Imagem: Drew Gibson/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

28/02/2016 06h00

A Fórmula 1 está tentando revolucionar suas regras para aumentar a competitividade das corridas, mas muita gente dentro da própria categoria não acredita que o caminho escolhido, de tornar os carros mais rápidos e com maior pressão aerodinâmica, seja a melhor maneira de fazer isso. Engenheiros como Pat Symonds, diretor técnico da Williams, acreditam que essa rota pode justamente ter o efeito inverso.

“Acho que esta é uma das preocupações que as pessoas têm porque nenhum de nós entende completamente a mecânica da ultrapassagem”, afirmou o engenheiro à ESPN. “Podemos aplicar algumas obviedades, e uma delas é que, se você tem mais pressão aerodinâmica, será mais difícil ultrassar. Porém, isso não é completamente verdade porque alguns tipos de aerodinâmica são mais nocivos do que outros. Não acho que nenhum de nós realmente entenda o bastante - e seria bom se entendêssemos.”

Mesmo tendo suas reservas, Symonds defende as mudanças propostas para 2017. “Não acho que o que está sendo discutido será desastroso de maneira alguma, os carros serão mais rápidos. Mas eu pessoalmente não acho que isso será relevante porque nenhum de nós consegue perceber a diferença entre um carro que está simulando uma classificação ou uma corrida durante os treinos livres, mesmo que isso gere uma diferença de 4s”, lembra.

As mudanças foram anunciadas pela Federação Internacional de Automobilismo nesta semana, mas ainda precisam ser ratificadas e detalhadas, em um processo que só deve ser finalizado no final de abril.

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