Em dois anos, a Fórmula 1 já revolucionou os motores híbridos. Saiba como
Eles foram adotados para colocar a Fórmula 1 na vanguarda da tecnologia de eficiência no uso de combustível e fontes renováveis - e já são os motores mais potentes que a categoria já teve. Pelo menos é o que defende a Mercedes, fabricante da melhor unidade de potência da atualidade.
A cavalagem que os híbridos turbo V6 atingem não é divulgada oficialmente, mas acredita-se que, pelo menos os Mercedes, passem dos 900cv. Ainda que esses não sejam os maiores números que a categoria já viu - os turbos dos anos 1980 passavam dos 1500cv - a eficiência é o que move o motor, adotado em 2014.
Menos beberrão: O grande dado fornecido pela Mercedes é de que, atualmente, 50% do que seria a potência de um motor que funcionasse apenas com a combustão pode ser convertido. Isso significa que, no terceiro ano da adoção da tecnologia, a evolução em termos de eficiência foi de 50%, enquanto, nos últimos 130 anos, a indústria havia melhorado esse fator em apenas 29%.
Mais eficiente: Engana-se quem pensa que os grandes ganhos estão no uso de energias renováveis. O destaque da Mercedes é a combustão: como as regras da F-1 limitam o fluxo de combutível a 100 kg/hora, os esforços foram centrados no uso eficiente do combustível e, nos últimos três anos, isso melhorou em 37%. Dentro da indústria automotiva, os alemães calculam que os ganhos anuais girem em torno de 1,5%.
Dentro da parte híbrida ligada ao turbo, a grande diferença dos carros de F1 para os híbridos atualmente no mercado é a utilização da energia calorífica que, segundo o diretor de motores da Mercedes, Andy Cowell, logo estará nos carros de rua da marca.
Mais inteligente: Outra contribuição da nova tecnologia que deve ajudar as montadoras é no aperfeiçoamento dos softwares que controlam os sistemas híbridos, ajudando, inclusive, a diminuir o peso e a eficiência das baterias: quando elas estrearam na F-1, em 2009, pesavam mais de 25kg para gerar a metade da potência de hoje por 7s. Hoje, são utilizadas por 30s.
Nada disso, claro, é fácil de atingir. Cada um dos motores que a Mercedes usa na F1 demora 100 horas de trabalho para ser finalizado.
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