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Após vexame: 5 motivos para acreditar em uma virada da McLaren em 2016

Mark Thompson/Getty Images
Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo

28/01/2016 06h00

A McLaren passou por um de seus piores anos em 2015, terminando a temporada somente à frente da nanica Manor, mas está confiante de que pode dar a volta por cima em 2016.

Da parte dos pilotos, Fernando Alonso já afirmou que espera um crescimento de “pelo menos 2s” por volta. Já a Honda, responsável em grande medida pelos resultados ruins de 2015, vem adotando um discurso cauteloso e diz que a primeira meta é se classificar com frequência entre os dez primeiros. Porém, ter mais uma temporada como a passada não está nos planos de ninguém em Woking.

Por que acreditar na evolução da McLaren em 2016?

1. Honda sabe onde errou em 2015
Grande motivo do déficit de performance da McLaren em relação aos rivais, o motor Honda tinha um grande problema de ineficiência na utilização de energias renováveis, especialmente a energia calorífica. Como o regulamento não permitia que os japoneses fizessem grandes alterações durante a temporada, eles tiveram de esperar até 2016 para mexer em uma área que tem tudo para trazer ganhos significativos.

2. Mudanças nas regras favorecem quem ficou para trás
O regulamento anterior congelava certas áreas do motor e fazia com que menos fichas de desenvolvimento estivessem à disposição para que os fornecedores atualizassem seus equipamentos de um ano para o outro. Com a flexibilização destas regras - as peças foram ‘descongeladas’ e cada fabricante terá 32 tokens à disposição - aumenta a chance de alguém que começou por baixo - como a Honda - mudar o cenário.

3. Maior influência de Prodromou
O engenheiro considerado o braço direito de Adrian Newey nos projetos vencedores da Red Bull entre 2010 e 2013 começou a trabalhar na McLaren no final de 2014 e poderá, em 2016, ‘assinar’ seu primeiro modelo pelo time de Woking. Seu trabalho já começou a ser visto com algumas mudanças feitas especialmente na altura do carro durante o ano passado, mas agora devem ser mais marcantes.

4. Pitacos de Alonso e Button
Os dois campeões do mundo chamaram o desastroso 2015 de um “ano de testes”, em que puderam ganhar quilometragem e compreender tanto o conceito do carro, quanto do trabalho com os japoneses. Agora esperam que seus pedidos sejam atendidos - especialmente Alonso, que chegou na McLaren no fim de 2014 e pouco pode fazer em relação ao carro do ano passado.

5. Rivais enfraquecidos
Equipes que estiveram claramente à frente da McLaren em 2015 têm alguns desafios pela frente nesta temporada. A Lotus, que usava motor Mercedes, foi comprada pela Renault e é uma incógnita. Muito da competitividade do time depende do que os franceses fizerem para melhorar seu motor. Quem está com a mesma expectativa é a Red Bull, que agora é apenas cliente Renault, e não mais o time principal, e também pode sair enfraquecida. E a Toro Rosso usará o motor Ferrari de 2015 e, dependendo da evolução dos demais, também pode ficar para trás.

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