Com campeões em baixa, temporada de 2016 pode marcar fim de uma era na F-1
Após uma temporada em que o grande destaque foi o novato Max Verstappen, que levou o prêmio de personalidade do ano pela Federação Internacional de Automobilismo, a Fórmula 1 vive uma expectativa de uma troca de gerações - e 2016 pode ser o último campeonato da era atual com cinco campeões no grid.
Jenson Button, que completa 36 na semana que vem, Kimi Raikkonen, também aos 36, e Fernando Alonso, aos 34, já admitem que estão chegando ao final de suas carreiras. O inglês e o finlandês estão em situação mais delicada, pois tiveram seus contratos renovados por apenas um ano em 2015. Já o espanhol tem acordo com a McLaren até o final de 2017, mas vive constantemente com os boatos de que poderia sair antes da categoria devido à pouca competitividade da equipe.
Tanto, que o CEO da McLaren, Ron Dennis, acabou criando uma saia justa ao afirmar que seu piloto poderia ficar um ano de fora caso o rendimento do carro e do motor Honda não demonstrasse sinais de melhora nos testes de pré-temporada. Apesar de ter negado esta possibilidade, o bicamepeão de 2005 e 2006 admite que ainda não sabe o que fará nos próximos anos.
“É necessário estar aberto a qualquer possibilidade”, explica Alonso. “No momento, acredito que falta bastante tempo para pensar nisso, mas vamos ver o que acontece em 18 meses, se cumprimos nossos objetivos ou não, e quais são as motivações para continuar na Fórmula 1”, admitiu ao final do ano passado.
Uma das possibilidades para Alonso seria disputar o Mundial de Endurance, a exemplo de seu amigo Mark Webber, campeão da categoria ano passado. O espanhol chegou a afirmar que “os carros [do WEC] são mais atrativos para os pilotos do ponto de vista da tecnologia” e não esconde o sonho de participar, ao menos, das 24 Horas de Le Mans.
Kimi Raikkonen, por sua vez, já avisou que não pensa em correr em outras categorias, ainda que tenha disputado por dois anos o Mundial de Rali quando esteve fora da Fórmula 1, entre 2010 e 2011, além de ter tido experiências na NASCAR. O finlandês, que tem convivido com muitas críticas após ter tido resultados bem inferiores aos de seus companheiros nos últimos dois anos, já avisou que “nunca mais” vai marcar presença em um final de semana de F-1 quando se aposentar e deixou claro que quer se aposentar na Ferrari. Caso o time italiano não renove seu compromisso ao final deste ano, o campeão de 2007 deve se despedir da categoria.
Isso quase aconteceu com Jenson Button ao final de 2015. O campeão de 2009 admitiu que chegou a pensar seriamente em deixar a Fórmula 1, uma vez que sua “alegria de pilotar” tinha acabado com a falta de competitividade da McLaren. “Você só curte se estiver andando na frente”, afirmou em setembro. Porém, poucas semanas depois, a renovação do inglês por mais um ano foi confirmada e o discurso de ‘quase aposentado’ foi trocado por otimismo com as mudanças pelas quais a categoria deve passar em 2017. “Pelo que vi até agora, me parece empolgante, me leva ao que a F-1 era há 10 anos. E ouvi dizer que os carros vão ficar mais barulhentos. A F-1 não está ruim, mas vai melhorar.”
Resta saber, contudo, se a McLaren vai continuar pagando o salário de cerca de 15 milhões de dólares para o inglês, uma vez que o time vem tendo dificuldade em atrair investidores e existe a pressão interna para que seja dada uma chance à sensação belga Stoffel Vandoorne.
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