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Fórmula 1

Após coleção de falhas, Williams busca solução para problemas no pit stop

Reprodução/BBC
Imagem: Reprodução/BBC

Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo

09/12/2015 06h00

O ano de 2015 seria de consolidação para a Williams depois da ascensão da temporada passada, quando o time subiu do nono para o terceiro lugar no mundial de construtores. Porém, um problema que marcou o ano passado continua assombrando a equipe de Felipe Massa e Valtteri Bottas: os pit stops ruins.

Na Austrália, primeira etapa do campeonato, tudo correu bem, mas Massa já alertava que “o importante é manter a consistência”. Logo na corrida seguinte, começaram os primeiros erros, que atrapalharam ambos os pilotos.

Na ocasião, o chefe de performance da Williams, Rob Smedley, preferiu olhar pelo lado positivo, pois os problemas que surgiram não eram os mesmos de 2014: “um deles foi não tirar o cobertor térmico quando paramos os dois pilotos juntos, foi uma questão de procedimento – não tiramos o cobertor rápido o bastante. A segunda parada, do Felipe, foi o macaco, que não entrou direito na traseira, então não conseguimos subir o carro", explicou.

As falhas, contudo, continuaram ao longo do ano, sendo o caso mais grave o ocorrido com Bottas na Bélgica, quando um pneu do composto médio foi colocado junto do restante de um jogo de macios, gerando uma punição ao finlandês que, no Japão, ainda perderia uma posição em uma disputa direta com Kimi Raikkonen após outra parada lenta. Felipe Massa também sofreu com paradas lentas neste ano, especialmente na Itália.

Ao final do campeonato, Smedley reconheceu que existe um problema recorrente. “Algo que ocorre de maneira bastante regular é que os parafusos têm ficado um pouco apertados e isso atrapalha na hora de tirar.”

A equipe identificou que o problema é mais constante em uma das rodas, a dianteira esquerda. “Sofremos com um lado em particular”, explicou Smedley ao UOL Esporte. “Precisamos analisar para entender exatamente o que está acontecendo. Estamos tendo evoluções em termos de equipamento. Nosso problema é que estamos demorando muito para conseguir tirar os pneus e levamos peças experimentais para as últimas seis corridas do campeonato, o que melhorou a situação. Pelo menos em três das quatro rodas.”

O UOL Esporte apurou que, além dos problemas de equipamento apontados por Smedley, a equipe estaria tentando motivar o mecânico que tem sido o elo fraco da equipe. Mesmo após o grave erro de Spa, que ocorreu justamente na roda traseira direita, o profissional foi mantido.

A Williams fez o pit stop mais rápido em apenas uma das 19 etapas do ano, na Hungria. Equipes com orçamento menor, como Lotus e Force India, também conseguiram ser as mais rápidas em pelo menos uma corrida no ano, ainda que a campeã no quesito tenha sido a Ferrari, a mais rápida em sete oportunidades. A Mercedes, campeã do mundo com sobras, foi a melhor em quatro GPs. 

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