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Desconhecido há 6 anos, chefe da Mercedes é um dos mais poderosos da F-1

Toto Wolff teve uma ascenção rápida na Fórmula 1 - Mark Thompson/GettyImages
Toto Wolff teve uma ascenção rápida na Fórmula 1 Imagem: Mark Thompson/GettyImages

Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo

15/08/2015 06h00

Há seis  anos, ele era um desconhecido no mundo da Fórmula 1. Hoje, Toto Wolff é o chefe da divisão esportiva da Mercedes Benz, maior fornecedora de motores da categoria, chefe e acionista da equipe de fábrica da Mercedes, e ainda tem participação na Williams, garantindo a presença da esposa, Susie, no time. Mas não está satisfeito.

Satisfação, aliás, é uma palavra que não existe no dicionário do austríaco de 43 anos. Ex-piloto amador, Wolff fez fortuna como investidor no ramo de tecnologia e internet e, em 2009, apareceu como um aventureiro que comprou 15% das ações da Williams, em um momento turbulento para a equipe, que não vencia nenhuma prova desde 2004. Com o passar dos anos, sua influência no time foi aumentando e Wolff foi um dos responsáveis pela contratação de Valterri Bottas quando o finlandês ainda estava na GP3. Em 2012, ele se tornou diretor executivo e começaram a surgir especulações sobre a possibilidade de assumir o posto de Frank Williams.

Mas a Williams era pouco para Wolff. Em janeiro de 2013, ele chocou o mundo da F-1 ao anunciar que seria o diretor executivo da Mercedes a partir daquela temporada, após adquirir 30% da equipe. Não demorou para assumir também o cargo de chefe de automobilismo da marca alemã. Ao mesmo tempo, mantinha as ações na rival.

Hoje, sua participação na Williams é consideravelmente menor: Wolff vendeu boa parte das ações para um grupo de investimento norte-americano e tem 5% da Williams. É o bastante, contudo, para garantir a presença da mulher, Susie Wolff, como piloto de desenvolvimento. A escocesa competia sem muito brilho na DTM, categoria de turismo alemão, antes de conseguir um lugar na Fórmula 1.

Susie Wolff - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Imagem: Reprodução/Instagram

A chegada de Wolff na Mercedes coincidiu com o período de maior crescimento da equipe: em 2012, o time foi quinto no campeonato. No ano seguinte, segundo e, nas últimas duas temporadas, tem dominado a F-1 com 24 vitórias em 29 etapas disputadas entre 2014 e 2015.

“Acho que só tomamos uma série de decisões acertadas e isso não se deve a uma pessoa, mas a várias. Por isso se chama equipe”, defende. “Temos um grupo forte de indivíduos no qual todos sabem sua posição. Somos adultos e sabemos que a bola tem de girar. Não corremos todos atrás da mesma bola”, explica.

Com Wolff no comando, a Mercedes é a grande favorita para levar os campeonatos de pilotos e equipes em 2015. Seus pilotos, Lewis Hamilton e Nico Rosberg, dominam a tabela e o time tem 383 pontos, contra 236 da rival mais próxima, a Ferrari.

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