UOL Esporte Fórmula 1
 
24/06/2009 - 08h30

Equipes fazem acordo com FIA e desistem de campeonato paralelo

Das agências internacionais
Em Paris (FRA)
LEMBRE OS PRINCIPAIS PONTOS DO DUELO FIA X FOTA
30/04 - FIA determina que teto orçamentário para a temporada 2010 será de 40 milhões de libras (e não de 30 milhões, como cogitou em março) e avisa que as equipes que respeitarem este valor terão privilégios. Decisão desagrada os times, que começam a falar em deixar a categoria. Leia mais
15/05 - Primeiro encontro entre FIA e Fota termina sem acordo, com Mosley insistindo em um teto de 40 milhões de euros para 2009. No mesmo dia, a Ferrari decide entrar na Justiça contra a FIA. Leia mais
20/05 - Tribunal de Grande Instância de Paris rejeita a ação movida pela Ferrari contra a FIA. Leia mais
22/05 - Equipes se reúnem em Mônaco e formalizam a ameaça de retirada geral em 2010. Leia mais
29/05 - No último dia de inscrição das equipes para o Mundial de 2010, os 10 times atuais se inscrevem, mas impõem como condição uma revisão do valor do teto. Leia mais
05/06 - Fota fala pela primeira vez, oficialmente, em criar um campeonato paralelo à F-1 em 2010 caso não haja acordo com a FIA. Leia mais
12/06 - FIA aceita a inscrição das atuais 10 equipes do Mundial e mais três novos times para 2010. As escuderias, porém, mantêm a ameaça de não disputar o Mundial. Leia mais
18/06 - Max Mosley aceita ampliar o teto orçamentário de 2010 para 100 milhões de euros, mas mantém a decisão de cortá-lo a 45 milhões de euros em 2011. Leia mais
19/06 - FIA alega quebra contratual e diz que processará Fota e, em especial, a Ferrari por criação de uma nova categoria. Leia mais
23/06 - Fota anuncia calendário de campeonato paralelo de 2010, e lista de GPs não inclui o Brasil. Leia mais
24/06 - Em Paris, FIA e Fota chegam a um acordo, e equipes desistem de um campeonato paralelo em 2010.
O QUE VOCÊ ACHOU DO ACORDO FINAL?
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CLASSIFICAÇÃO DE 2009
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e a associação das equipes da Fórmula 1 (Fota) se reuniram nesta quarta-feira em Paris e chegaram a um acordo que vai assegurar a permanência da categoria nos moldes atuais.

Ficou acertado que, em 2010, o Mundial terá as mesmas regras deste ano, e a polêmica medida do teto orçamentário de US$ 65 milhões para as equipes foi suspensa. Este era o principal ponto de discordância entre Fota e FIA. Na mesma reunião, foi divulgada a lista de equipes para o campeonato de 2010, com todos os times que já estão no grid.

Pivô da crise, o presidente da FIA, Max Mosley, anunciou que chegou a um acordo de corte de custos com a Fota para prevenir o racha entre as equipes e a Fórmula 1. Os times já tinham até divulgado um calendário para uma categoria alternativa em 2010.

"Não haverá separação, e acontecerá um campeonato único em 2010. Chegamos a um acordo sobre a redução dos custos", explicou Mosley. "Haverá só um campeonato de Fórmula 1, mas o objetivo será voltar aos níveis de despesa que tínhamos em 1990 nos próximos dois anos", completou o dirigente logo após o término da reunião do Conselho Mundial da FIA.

Presidente da FIA desde 1993, Mosley desistiu dos planos se perpetuar no comando e mudou o discurso. "Agora vamos ter paz", declarou Mosley, ao anunciar a desistência dos seus planos de reeleição. Até a divulgação dos planos da Fórmula 1 paralela, o dirigente se mostrava disposto a defender com todas as forças o novo teto de orçamento para as equipes, motivo do impasse.

Descontentes com as novas regras e o teto orçamentário, oito equipes ameaçaram um racha na Fórmula 1. Ferrari, McLaren, BMW, Renault, Toyota, Red Bull, Toro Rosso e Brawn GP chegaram a organizar um campeonato paralelo para a próxima temporada. Mas as equipes também confirmaram que não haverá nenhuma categoria rival em 2010.

O anúncio de um calendário paralelo aconteceu um dia antes do acordo, que até então parecia distante. Enquanto Mosley reafirmava a importância do teto orçamentário e planejava se reeleger para dar sequência aos seus planos, as equipes, lideradas pelo presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, não se conformavam com as novas regras propostas.

As medidas foram apresentadas após reunião do Conselho Mundial da FIA em março deste ano. Além do teto orçamentário, também era prevista uma mudança no sistema de pontuação, definindo o campeão por número de vitórias.

As alterações seriam válidas já para 2009, mas já naquela ocasião as equipes se revoltaram e pressionaram a FIA até que Mosley cedesse e adiasse seus planos. Mas, já pensando em 2010, os times se articularam para derrubar o polêmico teto orçamentário, e só conseguiram depois de já terem organizado uma categoria paralela.

Com o acordo, o Grande Prêmio do Brasil está a salvo, já que o calendário alternativo apresentado pela Fota não incluía a corrida de Interlagos, ao mesmo tempo em que acrescentava circuitos não mais utilizados, como o da Argentina e o de Adelaide, na Austrália.

De acordo com o site Autosport, o acerto entre as partes começou a ser esboçado antes da reunião desta quarta-feira em Paris. O detentor dos direitos comerciais da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, teria se reunido já na noite de terça-feira com Mosley e Montezemolo para começar a resolver a crise.

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