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21/06/2006 - 12h50

Portugal bate o México e avança com 100% de aproveitamento

Da Redação
Em São Paulo

IMAGENS DA VITÓRIA PORTUGUESA

AFP
Maniche marca o 1º de PortugalEFE
Simão comemora o segundo golAFP
Fonseca diminui para o MéxicoReuters
Mas portugueses festejam no fim

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Na melhor atuação de Portugal na primeira fase, a seleção de Luiz Felipe Scolari bateu o México por 2 a 1 em Gelsenkirchen e assegurou a primeira colocação do grupo D. Mesmo com o revés, na primeira derrota de um cabeça-de-chave nesta Copa, os mexicanos avançam às oitavas-de-final. Tudo porque Angola, que também estava na briga, não conseguiu passar de um empate com o Irã no outro jogo da chave.

Desta forma, o time de Scolari consegue avançar às oitavas-de-final com 100% de aproveitamento e repete o desempenho da Copa de 1966, quando os portugueses passaram pela primeira fase derrotando Hungria, Bulgária e Brasil.

Na vitória em Gelsenkirchen, os portugueses marcaram no primeiro tempo com Maniche e Simão Sabrosa, enquanto os mexicanos descontaram com Fonseca. Na etapa final, o México ainda desperdiçou cobrança de pênalti, com Bravo.

Após o empate por 0 a 0 entre Argentina e Holanda nesta quarta-feira, ficaram definidos os confrontos nas oitavas-de-final envolvendo portugueses e mexicanos. Portugal, 1º colocado do grupo D, e Holanda, 2ª no grupo C, duelam por uma vaga nas quartas-de-final, repetindo o confronto travado entre as seleções na semifinal da Eurocopa-2004, vencido pela seleção lusa. Já o México, 2º colocado no grupo D, enfrenta a Argentina, que com o empate contra os holandeses ficou com a 1ª colocação do grupo C.

Classificado desde a rodada anterior, a seleção portuguesa entrou em campo nesta quarta-feira com um time misto, poupando alguns de seus titulares que tinham cartão amarelo e que corriam risco de ser suspensos da partida das oitavas-de-final. Foram os casos do lateral Nuno Valente, do volante Costinha, do meia Deco e dos atacantes Pauleta e Cristiano Ronaldo.

Mesmo assim, a seleção de Scolari apresentou talvez o melhor futebol entre os três jogos da primeira fase, principalmente na etapa inicial. Além de mais um bom desempenho do veterano Luis Figo na Copa, os portugueses contaram com a atuação destacada do volante Maniche, que, com a ausência de Deco, foi responsável por dar ritmo ao meio-campo.

Os mexicanos também mandaram a campo uma equipe deferente em relação às rodadas anteriores, com o técnico Ricardo La Volpe sacando o volante Torrado, o meia Zinha e o atacante Franco.

No entanto, o México voltou a apresentar algumas deficiências das partidas anteriores, como a falta de conexão entre o meio e o ataque, além da marcação ruim pelas laterais. Se quiser sobreviver às oitavas, o time de La Volpe precisa de evolução.

O jogo
Precisando do resultado para assegurar a classificação, os mexicanos partiram para o ataque logo no começo. No primeiro minuto de jogo, Fonseca fez boa jogada individual pela direita, cortou a marcação e bateu para a boa defesa de Ricardo.

Mas Portugal assumiu a vantagem no placar pouco tempo depois, aos 5min, quando Maniche iniciou a jogada no meio, tocou para Simão na ponta e recebeu na entrada da área para fazer um belo gol de perna direita.

O México quase chegou ao empate dois minutos depois, quando Bravo foi acionado na área e desviou à direita do gol de Ricardo.

Aos 23min, um lance infantil do capitão mexicano Rafa Márquez proporcionou um pênalti aos portugueses. O zagueiro cortou com a mão um cruzamento na área, e a arbitragem do eslovaco Lubos Michel assinalou a infração. Simão Sabrosa então foi para a cobrança e converteu com um forte disparo de direita.

Os mexicanos conseguiram descontar cinco minutos depois, em uma jogada de escanteio. Depois do cruzamento da direita, Fonseca subiu com liberdade no meio da defesa portuguesa e desviou de cabeça para marcar o gol.

No final do primeiro tempo, Portugal suportou pressão do México e evitou o gol de empate. Na mais clara chance dos mexicanos, aos 43min, Ricardo fez grande defesa em arremate de Pardo.

No segundo tempo, o México perdeu chance preciosa de empatar o jogo aos 11min, quando Miguel cometeu pênalti ao desviar uma bola na área com a mão. No entanto, Omar Bravo bateu forte por cima do gol, desperdiçando a oportunidade.

Pouco tempo depois, Pérez tentou simular um pênalti na área de Portugal e recebeu o segundo cartão amarelo, deixando o México com dez homens em campo. Mesmo assim, a equipe de Ricardo La Volpe seguiu controlando a posse de bola. Mas as boas chances de gol acabaram desaparecendo.

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