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01/07/2006 - 14h52

Portugal elimina Inglaterra nos pênaltis e vai às semis

GELSENKIRCHEN (Reuters) - Luiz Felipe Scolari manteve o posto de carrasco da Inglaterra ao conduzir a seleção portuguesa a uma vitória por 3 x 1 nos pênaltis sobre os ingleses, neste sábado, classificando a equipe para as semifinais do Mundial, em que enfrentará o vencedor de Brasil x França.

Com a vantagem de ter um jogador a mais por 58 minutos após a expulsão de Wayne Rooney no início do segundo tempo, Portugal precisou que o goleiro Ricardo defendesse três pênaltis para garantir a vaga, após empate sem gols no tempo normal e na prorrogação.

Particularmente, Felipão obteve a terceira vitória sobre a Inglaterra em uma grande competição. Depois do 2 x 1 com o Brasil na Copa de 2002, ele também era o técnico português na vitória, também nos pênaltis, na Eurocopa de 2004, realizada em Portugal.

A tensão em campo ficou clara em ambos os times no início da partida. Com o meio-campo congestionado por cinco jogadores de cada lado, tanto Portugal quanto Inglaterra mantinham uma postura mais conservadora, sem se lançar ao ataque.

Atacante solitário da seleção inglesa, Wayne Rooney recebia marcação cerrada e os ingleses não conseguiam manter a bola em seu campo de ataque. O mesmo acontecia do outro lado, com Pauleta completamente apagado no jogo.

Dessa forma, as jogadas pelas pontas e os tiros de longe eram as únicas formas encontradas pelos times de ameaçar o gol adversário. Rooney e Cristiano Ronaldo se encarregaram de arriscar de fora da área, mas seus chutes foram facilmente encaixados.

Numa cobrança de falta de Figo para a área, aos 13 minutos, a bola bateu em Tiago e o goleiro Robinson fez uma defesa corajosa nos pês do português antes que ele conseguisse finalizar.

Portugal ainda voltou a ameaçar no primeiro tempo em duas jogadas de contra-ataque pela esquerda, primeiro com Cristiano Ronaldo e depois com Figo, mas ambos chutaram para fora depois de cortarem com eficiência para o meio da área.

O primeiro tempo terminou sem que nenhuma das equipes tivesse criado uma real oportunidade de tirar o zero do marcador, mas com ligeira vantagem para os portugueses.

Uma falha incrível de marcação da zaga portuguesa após cobrança de escanteio, no início do segundo tempo, quase custou caríssimo para a equipe, depois que Frank Lampard finalizou sozinho de voleio, mas a bola saiu por cima do gol.

Pouco antes a Inglaterra perdera seu capitão David Beckham, que deixou o campo aos cinco minutos lesionado. Do banco de reservas, às lágrimas e recebendo aplicação de gelo, ele viu seu substituto Lennon criar a primeira chance real de gol da partida.

O meia de 19 anos entrou na área driblando pela direita antes de passar para Rooney, que furou a finalização quase na pequena área. Na sequência, Joe Cole mandou por cima.

Aos 18 minutos, a Inglaterra ficou com 10 jogadores em campo. Rooney recebeu cartão vermelho após disputa de bola com Ricardo Carvalho, quando o inglês deu um pisão no adversário. Em seguida ele ainda empurrou Cristiano Ronaldo, que fora reclamar com o árbitro.

Mas se perderam um jogador, os ingleses ganharam um incentivo ainda maior dos seus torcedores, que já empurravam a equipe desde o início. Ao som dos gritos e do hino inglês, a seleção não se intimidou e cresceu na partida.

A pressão sofrida mesmo com a vantagem numérica levou Felipão ao desespero na beira do gramado, e os jogadores portugueses finalmente partiram para o ataque. Mas a falta de inspiração dos atacantes acabava não traduzindo em finalizações a troca de passes de um lado para o outro na intermediária.

Do lado inglês, Peter Crouch entrou para jogar isolado na frente. Nos minutos finais, a equipe ainda fez uma investida para tentar evitar a prorrogação e assustou em duas cobranças de escanteio, mas o tempo extra foi inevitável.

Para quem esperava uma Inglaterra somente se defendendo na prorrogação, a seleção inglesa demonstrou um enorme poder de superação e foi quem criou as melhores oportunidades. Do lado português, os chutes de fora da área continuavam como única arma. Por Portugal, Hugo Viana cobrou na trave e Petit chutou para fora, mas Simão, Postiga e Cristiano Ronaldo garantiram a vitória.

O goleiro português Ricardo defendeu os chutes de Lampard, o primeiro da equipe, Gerrard e Carragher, e só Hargreaves acertou.

Inglaterra:

1-Paul Robinson; 2-Gary Neville, 5-Rio Ferdinand, 6-John Terry, 3-Ashley Cole; 7-David Beckham (19-Aaron Lennon) (15-Jamie Carragher), 8-Frank Lampard, 16-Owen Hargreaves, 4-Steven Gerrard, 11-Joe Cole (21-Peter Crouch); 9-Wayne Rooney

Portugal:

1-Ricardo; 13-Miguel, 16-Ricardo Carvalho, 5-Fernando Meira, 14-Nuno Valente; 8-Armando Petit, 18-Maniche, 19-Tiago (10-Hugo Viana), 7-Luis Figo (23-Helder Postiga), 17-Cristiano Ronaldo; 9-Pauleta (11-Simão Sabrosa)

Árbitro: Horacio Elizondo (Argentina)

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