Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Ronaldo e Adriano. O Brasil chegou à Copa do Mundo com os holofotes no quadrado ofensivo. Mas na Alemanha quem brilhou mesmo foi a defesa. O time sofreu apenas dois gols em cinco jogos, a segunda melhor marca do país na história da competição.
GOLS SOFRIDOS
Copa | Jogos | Gols | Média |
1930 | 2 | 2 | 1,00 |
1934 | 1 | 3 | 3,00 |
1938 | 5 | 11 | 2,20 |
1950 | 6 | 6 | 1,00 |
1954 | 3 | 5 | 1,67 |
1958 | 6 | 4 | 0,67 |
1962 | 6 | 5 | 0,83 |
1966 | 3 | 6 | 2,00 |
1970 | 6 | 7 | 1,17 |
1974 | 7 | 4 | 0,57 |
1978 | 7 | 3 | 0,43 |
1982 | 5 | 6 | 1,20 |
1986 | 5 | 1 | 0,20 |
1990 | 4 | 2 | 0,50 |
1994 | 7 | 3 | 0,43 |
1998 | 7 | 10 | 1,43 |
2002 | 7 | 4 | 0,57 |
2006 | 5 | 2 | 0,40 |
Apenas em 1986 o time teve uma defesa mais sólida. No segundo Mundial no México, a meta do goleiro Carlos foi vazada uma única vez. E justamente nas quartas-de-final diante da França, com um gol de Michel Platini.
Neste sábado, a França mais uma vez eliminou o Brasil nas quartas-de-final. O gol de Henry, aos 12min do segundo tempo, foi o segundo que a seleção levou no Mundial. Antes disso, apenas o japonês Tamada, no terceiro jogo da primeira fase, havia marcado gol em Dida.
Assim, a seleção brasileira deixa a Copa do Mundo com uma média de apenas 0,40 gols sofridos por partida. No Mundial de 1986, a média foi de 0,20 por jogo.
Em 1994, nos Estados Unidos, quando o time também dirigido por Carlos Alberto Parreira conquistou o tetracampeonato em um jogo caracterizado pelo sistema defensivo, o Brasil levou três gols em sete partidas, o que dá uma média de 0,43 gol por jogo.
Sinônimo de "jogo bonito", o Brasil de 1970 foi o que registrou a maior média de gols sofridos entre os times vencedores: 1,17 por partida. Na Copa de 2002, com Luiz Felipe Scolari, técnico com fama de "retranqueiro", a seleção teve uma média de 0,57 gols sofridos.
A solidez da defesa brasileira foi reconhecida pela Fifa na Copa do Mundo de 2006. O meia Zé Roberto, jogador de características defensivas, foi eleito o melhor em campo em duas partidas no Mundial.
Para completar, o zagueiro Lúcio se tornou neste sábado o defensor que ficou mais tempo sem fazer faltas em jogos de Copa. Ele ficou 386 minutos sem cometer infrações, três minutos a mais que o zagueiro Gamarra conseguiu em 1998.