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01/07/2006 - 20h14

Brasil é eliminado com sua segunda melhor defesa em Copas

Daniel Tozzi e João Henrique Medice
Enviados especiais do UOL
Em Frankfurt (Alemanha)
Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Ronaldo e Adriano. O Brasil chegou à Copa do Mundo com os holofotes no quadrado ofensivo. Mas na Alemanha quem brilhou mesmo foi a defesa. O time sofreu apenas dois gols em cinco jogos, a segunda melhor marca do país na história da competição.

GOLS SOFRIDOS

CopaJogosGolsMédia
1930221,00
1934133,00
19385112,20
1950661,00
1954351,67
1958640,67
1962650,83
1966362,00
1970671,17
1974740,57
1978730,43
1982561,20
1986510,20
1990420,50
1994730,43
19987101,43
2002740,57
2006520,40
Apenas em 1986 o time teve uma defesa mais sólida. No segundo Mundial no México, a meta do goleiro Carlos foi vazada uma única vez. E justamente nas quartas-de-final diante da França, com um gol de Michel Platini.

Neste sábado, a França mais uma vez eliminou o Brasil nas quartas-de-final. O gol de Henry, aos 12min do segundo tempo, foi o segundo que a seleção levou no Mundial. Antes disso, apenas o japonês Tamada, no terceiro jogo da primeira fase, havia marcado gol em Dida.

Assim, a seleção brasileira deixa a Copa do Mundo com uma média de apenas 0,40 gols sofridos por partida. No Mundial de 1986, a média foi de 0,20 por jogo.

Em 1994, nos Estados Unidos, quando o time também dirigido por Carlos Alberto Parreira conquistou o tetracampeonato em um jogo caracterizado pelo sistema defensivo, o Brasil levou três gols em sete partidas, o que dá uma média de 0,43 gol por jogo.

Sinônimo de "jogo bonito", o Brasil de 1970 foi o que registrou a maior média de gols sofridos entre os times vencedores: 1,17 por partida. Na Copa de 2002, com Luiz Felipe Scolari, técnico com fama de "retranqueiro", a seleção teve uma média de 0,57 gols sofridos.

A solidez da defesa brasileira foi reconhecida pela Fifa na Copa do Mundo de 2006. O meia Zé Roberto, jogador de características defensivas, foi eleito o melhor em campo em duas partidas no Mundial.

Para completar, o zagueiro Lúcio se tornou neste sábado o defensor que ficou mais tempo sem fazer faltas em jogos de Copa. Ele ficou 386 minutos sem cometer infrações, três minutos a mais que o zagueiro Gamarra conseguiu em 1998.

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