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22/06/2006 - 17h50

Ronaldo iguala recorde de gols em Copas, Brasil goleia e pega Gana

Daniel Tozzi e João Henrique Medice
Enviados especiais do UOL
Em Dortmund (Alemanha)

CENAS DO JOGO

Reuters
As duas seleções ouvem os hinosEFE
Ronaldo esteve mais ágil em campoReuters
Tamada chuta para abrir o placarEFE
Ronaldo cabeceia para empatarEFE
O Fenômeno comemora recordeEFE
E confraterniza com os reservas

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Ronaldo desencantou, fez dois gols e igualou o recorde de 14 gols em Copas do Mundo que pertencia apenas ao alemão Gerd Müller, que marcou nas Copas de 1970 e 1974. Foi o grande feito histórico na goleada de 4 a 1, de virada, sobre o Japão, nesta quinta-feira em Dortmund. Um jogo em que o Brasil entrou com cinco mudanças, mas o "misto" ensaiou o show que o time tido como titular nem esboçou nas partidas anteriores. Com a vitória, o Brasil assegurou o 1º lugar do Grupo F e enfrentará Gana (2º do Grupo E) nas oitavas-de-final.

O jogo com a equipe africana será na terça-feira, dia 27, às 12h horário de Brasília), também em Dortmund. Uma coincidência: o técnico brasileiro Carlos Alberto Parreira comandou a seleção de Gana no começo de sua carreira, em 1967. O 2º colocado do Grupo F foi a Austrália, que empatou em 2 a 2 com a Croácia e enfrentará a Itália nas oitavas-de-final.

Ronaldo foi eleito o melhor da partida pela Fifa. Fez seu 13º gol em Copas aos 46min, marcando de cabeça após cruzamento de Cicinho. O gol empatou a partida, depois que o Brasil tomou um gol em contra-ataque, com Tamada completando um lançamento da esquerda feito pelo brasileiro naturalizado japonês Alex Santos.

"Senti um alívio quando a bola entrou. Tive duas chances ainda no 1º tempo, mas não tinha conseguido, comecei a achar que a bola não ia entrar", contou Ronaldo, após a partida.

O 14º gol de Ronaldo em Copas (e segundo na partida) saiu aos 35min do 2º tempo, estabelecendo 4 a 1 no placar. Ele tabelou com Juan e chutou colocado.

Além da boa atuação de Ronaldo, cerca de cinco quilos mais magro que quando se apresentou à seleção há um mês (segundo informou o preparador- físico Moraci Sant'Anna), a atuação geral da seleção brasileira foi muito mais solta, veloz, cheia de tabelinhas e toques bonitos como se esperava. Robinho e Juninho Pernambucano foram as novidades no ataque e meio-campo, respectivamente.

"Jogamos nosso jogo, colocamos a bola no chão, e os gols vieram naturalmente. Impusemos nosso estilo, e estou feliz com isso", analisou o técnico Carlos Alberto Parreira após o jogo.

Juninho marcou o segundo gol brasileiro aos 7min do 2º tempo, num belo chute de fora da área, e passou a ser sério candidato a continuar no time.

Outro substituto fez gol: o lateral-esquerdo Gilberto, que avançou livre pela esquerda aos 12min do 2º tempo e fez o terceiro do Brasil.

Mas se o time achou mais espaços na frente, também deixou espaços atrás, especialmente no 1º tempo. Sem Cafu, Roberto Carlos, Emerson e Zé Roberto, os substitutos Cicinho, Gilberto, Gilberto Silva e Juninho Pernambucano não se entenderam na retaguarda nesse período inicial. "Tivemos alguns problemas com os contra-ataques deles", admitiu Parreira.

Além do gol de Tamada, a defesa deixou espaços em outros contra-ataques japoneses, um deles interrompido com a marcação de um impedimento inexistente. Gilberto deixou campo aberto pelo lado esquerdo da defesa. Cicinho também abriu espaço para que a jogada do gol japonês acontecesse.

O gol de Tamada aconteceu exatamente quando o Brasil atingiu outro recorde na partida, bem menor perto do de Ronaldo: maior número de minutos sem tomar gol em Copas do Mundo.

Aos 33min do 1º tempo, a seleção atingiu 459 minutos invicta, contando desde o gol do inglês Owen no jogo pelas quartas-de-final da Copa de 2002. Superou em um minuto a invencibilidade estabelecida na Copa de 1978. Mas, nesse mesmo momento, Dida (que jogou como capitão até ser substituído por Rogério Ceni) sofreu o gol que abriu o placar.

Após a vitória, os jogadores ganham folga e se reapresentam apenas no final do dia desta sexta-feira. Os trabalhos para enfrentar Gana terão início no dia següinte.




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