A eliminação em Sydney-2000 assombrou Rivaldo durante dois anos. Na Copa, Rivaldo se redimiu. Usando e abusando da habilidade com a perna esquerda, o camisa 10 fez belos lançamentos, organizou o jogo e driblou como nunca. Fez cinco gols. Um deles, contra a Bélgica, nas oitavas, merece destaque. O jogo estava empatado até os 22min do 2º tempo. Marcos havia feito defesas difíceis. Rivaldo, então, matou no peito uma bola cruzada e disparou de esquerda: golaço. Na final, Rivaldo voltou a ser decisivo. No 1º gol, chutou a bola rebatida por Kahn que sobrou para Ronaldo. No 2º, abriu as pernas, enganando a zaga, para o chute certeiro de Ronaldo.
Reserva em 1994 e 1998, Kahn assumiu a condição de estrela em uma Alemanha carente de talentos. O jogador do Bayern de Munique sofreu apenas três gols na competição. O retrospecto fez com que a Fifa, antes da final, o elegesse como o melhor goleiro da Copa. Na decisão, porém, Kahn rebateu um chute aparentemente fácil de Rivaldo. Ronaldo aproveitou e abriu o caminho da vitória brasileira. Esse foi o único erro de Kahn na Copa. Como ele próprio definiu: "uma pílula amarga".
Estreante em Copas, Senegal não era considerado rival à altura da campeã França, principal favorita ao título ao lado da Argentina. E, mesmo assim, os africanos venceram o jogo de abertura por 1 a 0. Em um contra-ataque aos 30min do 1º tempo, Diouf foi à linha de fundo, cruzou e Bouba Diop completou para o gol, aproveitando a confusão entre o goleiro Barthez e o volante Petit.
A péssima campanha francesa começou com a derrota para Senegal. Depois, empataram com o Uruguai e perderam da Dinamarca. Além de não conseguir passar nem mesmo da primeira fase, a campeã França saiu do Mundial seguinte sem marcar ao menos um gol, um "feito" inédito na história das Copas. A equipe terminou na 28ª colocação. Nunca um campeão havia feito uma campanha tão ruim.
A seleção turca protagonizou uma das maiores surpresas da história das Copas ao conquistar o terceiro lugar em 2002. Para alcançar tal feito, o técnico Senol Gunes congestionou o meio de campo, com cinco jogadores, e contou com as estrelas do goleiro Rustu, do meia Hasan Sas e do atacante Hakan Sukur.
Mesmo perdendo ambos, fez dois jogos equilibrados com o Brasil. Eliminou o anfitrião Japão e a sensação Senegal antes de bater a Coréia do Sul na decisão do terceiro colocado.
Jogando em casa, os sul-coreanos foram nitidamente beneficiados pela arbitragem no duelo contra os espanhóis pelas quartas-de-final. O árbitro egípcio Gamal Ghandour anulou dois gols legítimos da Espanha. Aos 3min, o atacante Baraja ganhou da defesa e tocou de cabeça para o gol. O juiz viu falta de ataque no lance.
No segundo minuto da prorrogação, outra lambança. Joaquin fez bela jogada pela esquerda e cruzou para Morientes completar. Novamente, Ghandour entrou em ação e anulou a jogada, alegando que a bola teria saído pela linha de fundo, o que não ocorreu.
Após o empate em 0 a 0 com a bola rolando, a decisão foi para os pênaltis, e a Coréia do Sul acabou vencendo por 5 a 3.
SELEÇÕES
1. Kahn (ALE)
2. Myung-Bo (COR)
4. Campbell (ING)
3. Hierro (ESP)
6. Roberto Carlos (BRA)
5. Beckham (ING)
8. Ballack (ALE)
7. Diouf (SEN)
10. Rivaldo (BRA)
11. Klose (ALE)
9. Ronaldo (BRA)