Herói do título em 86, Maradona foi o vilão em 94. Ao fim da 1ª fase, a Argentina despontava como favorita ao título. Mas para surpresa geral, na vitória por 2 a 1 sobre a Nigéria, o exame antidoping do craque constatou a presença de efedrina. Maradona foi expulso da Copa, e o time argentino não conseguiu reencontrar seu bom futebol. Acabou eliminado pela Romênia nas oitavas-de-final.
O belga foi eleito o melhor goleiro dessa Copa. A cena mais marcante de sua brilhante atuação aconteceu na partida contra a Alemanha, pelas oitavas-de-final, quando abandonou a sua área para tentar marcar um gol de cabeça no fim do jogo, na tentativa desesperada de salvar sua equipe da eliminação. Não deu. Preud'Homme tomou quatro gols na competição, mas fez defesas que o consagraram.
A artilharia foi dividida por Stoitchkov e Salenko, com seis gols. Stoichkov, astro do Barcelona, foi a estrela da bela campanha búlgara. Dos quatro gols que seu país marcou a partir das oitavas, três foram dele. Forte e rápido, o búlgaro tinha a habilidade com a perna esquerda e a agressividade como principais características. Já Oleg Salenko, do modesto Logroñes, fez fama na Copa. Começou como reserva, entrando no 2º jogo. A Rússia não fez uma boa campanha e parou na 1ª fase. Salenko deve a artilharia à goleada da Rússia sobre Camarões, quando marcou 5 dos 6 gols russos, recorde histórico em um mesmo jogo.
A Arábia Saudita surpreendeu a Bélgica na 1ª fase. Em lance genial, Saeed Owairan marcou o gol da vitória aos 5min. Os árabes acabaram em 2º lugar no grupo e foram às oitavas-de-final.
Os búlgaros, que nunca haviam ganhado um jogo da Copa do Mundo até ali - haviam sido seis participações, em um total de 16 jogos -, protagonizaram a maior surpresa do torneio.
O selecionado começou de forma tímida, perdendo para a Nigéria, que debutava em Mundiais, por 3 a 0. Depois, teve uma excelente recuperação e desbancou grandes seleções, como Argentina, México e Alemanha, nas quartas-de-final. Terminou a competição em quarto lugar, perdendo para a Itália na semifinal e para a Suécia na disputa pelo terceiro lugar.
A arbitragem foi confusa em lances decisivos na partida válida pelas quartas-de-final. No segundo gol do Brasil, marcado por Bebeto, Romário estava impedido. O lance foi interpretado como impedimento passivo pelo árbitro costarriquenho Rodrigo Badilla Sequeira, que validou o gol.
O terceiro gol da seleção brasileira também saiu de uma falta duvidosa, cavada por Branco, que voltava de contusão. O mesmo Branco cobrou, marcou o gol "cala-boca" e conduziu o time de Parreira para a semifinal do torneio.
SELEÇÕES
1. Preud´Homme (BEL)
2. Jorginho (BRA)
4. Márcio Santos (BRA)
3. Koeman (HOL)
6. Maldini (ITA)
5. Dunga (BRA)
8. Redondo (ARG)
10. Baggio (ITA)
7. Hagi (ROM)
11. Stoitchkov (BUL)
9. Romário (BRA)