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O ARTILHEIRO

Salvatore Schillaci

País: Itália
Idade: 27 anos

Jogos: 7
Gols: 6

Totó Schillaci, como era mais conhecido, despontou para o mundo do futebol de forma tardia. Aos 27 anos, era um ilustre desconhecido quando foi convocado pelo técnico Azeglio Vicini para disputar o Mundial. O atacante havia disputado o primeiro jogo pela Série A do Campeonato Italiano apenas um ano antes, atuando pelo modesto Messina. A estréia em Copas aconteceu no primeiro jogo, contra a Áustria. Ele substituiu o decadente Carnevale e fez o gol da vítoria (1 a 0). No duelo seguinte, diante dos EUA, novamente Totó começou na reserva. E mais uma vez substituiu Carnevale para tirar a "Azurra" do sufoco (vitória por 1 a 0). Artilheiro da competição com seis gols, Totó deixou sua marca também no êxito contra a Inglaterra, por 2 a 1, que valeu aos italianos a terceira colocação. Durante a carreira, Schillaci atuou ainda na Juventus e Internazionale, antes de se aposentar no Jubilo Iwata (JAP).
AFP

O CRAQUE

Lothar Matthäus

País: Alemanha Oc.
Idade: 29 anos

Jogos: 7
Gols: 4

Aos 29 anos, Matthaus chegou ao seu terceiro Mundial na condição de peça chave para as pretensões alemãs. Atuando como meia ou líbero, era o responsável pela organização da equipe e pela articulação das jogadas ofensivas. Mesmo não sendo um artilheiro nato, fez quatro gols na Copa, o mais importante deles foi o da vitória sobre a Tchecoslováquia nas quartas-de-final. Foi o líder da geração tricampeã, que tinha ainda outros destaques, como os atacantes Klinsmann e Voeller. Matthaus, ex-técnico do Atlético Paranaense, foi o atleta que mais partidas disputou em Mundiais: 25, em cinco Copas (1982, 1986, 1990, 1994 e 1998). Em 1990, foi considerado o melhor jogador do planeta pela revista inglesa "Word Soccer".
Reprodução

A MURALHA

Walter Zenga (ITA)

O goleiro italiano chegou à Copa na condição de melhor do mundo na posição. Durante a disputa, bateu o recorde histórico de invencibilidade ao ficar 517 minutos sem tomar gols. Ficou dos 12min do segundo tempo da derrota para a França por 2 a 0, em 1986, até os 22min do segundo tempo do jogo contra a Argentina (1 a 1), pelas semifinais de 1990, sem ser batido - marca até hoje não superada em Mundiais. Durante a carreira profissional, que começou em 1978, atuou por várias equipes. A relação mais duradoura foi com a Inter de Milão, onde jogou por 12 anos.

A ZEBRA: ARG 0 x 1 CAM

Campeões em 1986, os argentinos perderam a banca logo na estréia. A Argentina fez o jogo inaugural no estádio San Siro, em Milão, contra Camarões. Com o craque Maradona em campo, a equipe foi surpreendida pelos "Leões Indomáveis", por 1 a 0. O mau resultado, além do empate contra a Romênia, deixou a seleção em terceira do Grupo B. Não fosse a reação nas fases seguintes da competição, o time não teria chegado tão longe.

O MICO: Árbitro esquecido

O árbitro francês Michel Vautrot estava distraído durante a semifinal entre Itália e Argentina. O tempo normal terminou empatado em 1 a 1, o que levou a decisão da vaga para a prorrogação. Na primeira etapa do tempo extra, Vautrot acrescentou oito minutos além do tempo regulamentar, deixando equipes e torcedores sem entender nada. Mais tarde, o árbitro admitiu ter esquecido de olhar no relógio.

A GARFADA: ALE 1 x 0 ARG

O pênalti que deu aos alemães a vitória na decisão é questionado até hoje pelos argentinos. Faltando apenas cinco minutos para o fim da partida, o juiz mexicano Edgardo Codesal marcou falta dentro da área em Voeller em uma disputa normal de bola. Brehme cobrou e definiu o título, o terceiro alemão.

A SURPRESA

Iugoslávia

O último Mundial da Iugoslávia - o país foi dividido em seis repúblicas após a queda do Muro de Berlim -, ficou marcado pelo surgimento de toda uma nova geração de jogadores talentosos. Na equipe titular, destacava-se o meia Dragan Stojkovic. O banco de reservas contava ainda com atletas que viriam a brilhar no futebol mundial nos anos seguintes, como Suker, Jarni, Savicevic, Prosinecki e Boksic. A única derrota da seleção foi para a campeã Alemanha Ocidental, na primeira fase. O time foi eliminado nas quartas-de-final pela Argentina, após decisão nos pênaltis.

A MÁQUINA

Alemanha Oc.

Além das tradicionais força e disciplina tática, os alemães formaram um grupo repleto de atletas técnicos para conseguirem o título. O time, comandado pelo maior jogador do país em todos os tempos, Franz Beckenbauer, contava com as estrelas de Matthaus, Klinsmann e Voeller. A campanha foi impecável: vitórias sobre Emirados Árabes, Iugoslávia, Holanda, Tchecoslováquia e Inglaterra; e um empate contra a Colômbia. Na final, nem Maradona, astro da Copa anterior, conseguiu parar os europeus. Com um gol de pênalti de Brehme, faltando cinco minutos para o fim da partida, a Alemanha Ocidental conquistou o título.


SELEÇÕES

Goleiro:

1. Zenga (ITA)

Defesa:

2. Brehme (ALE)

3. Maldini (ITA)

4. Baresi (ITA)

5. Tataw (CAM)

Meio-campo:

6. Gascoigne (ING)

7. Matthaus (ALE)

8. Stojkovic (IUG))

Ataque:

9. Schilacci (ITA)

10. Maradona (ARG)

11. Baggio (ITA)