UOL Esporte - Copa 2006UOL Esporte - Copa 2006
UOL BUSCA
EFE

O CRAQUE

Diego Maradona

País: Argentina
Gols: 5

Jogos: 7
Idade: 25 anos

Melhor futebolista de todos os tempos depois de Pelé, o camisa 10 foi a figura fundamental do bicampeonato argentino no México. Foi a segunda e a melhor das quatro participações dele em Mundiais (jogou também em 1982, 1990 e 1994). Para muitos, ele ganhou o título sozinho.

Polêmico fora dos gramados, Maradona anotou cinco gols na competição. Um deles, feito com "a mão de Deus" entrou para a história: abriu a vitória por 2 a 1 sobre a Inglaterra nas quartas-de-final. Na mesma partida, o meia fez outro gol antológico após driblar seis adversários desde o meio de campo, entre eles o goleiro, e tocar para o gol vazio.

Extremamente habilidoso com a perna esquerda, Maradona tinha o lançamento milimétrico como uma de suas principais armas. Foi com um desses que ele deu a Burruchaga a chance de fazer o gol do título na decisão contra os alemães ocidentais.

Lançado pelo Argentino Jrs., Maradona foi ídolo do Boca Juniors até se transferir para o Barcelona (1982 a 1984) e, depois, para o Nápoli (1984 a 1991). Na equipe italiana, Maradona viveu a melhor fase da carreira, levando o até então modesto clube ao bicampeonato nacional. Antes de se aposentar, passou ainda por Sevilla, Zaragoza, Nell's Old Boys e, novamente, pelo Boca.
Arquivo Folha Imagem

A MÁQUINA

Argentina

Colocação: Campeã
Jogos: 7

Vitórias: 6
Gols pró: 14

Os "hermanos" chegaram ao México desacreditados, inclusive no próprio país. A equipe argentina havia sofrido para se classificar nas eliminatórias e o técnico, Carlos Bilardo, era criticado por adotar um sistema de jogo com três zagueiros. Comandada pelo capitão e craque Maradona, porém, a Argentina superou as expectativas e derrubou, um a um, os adversários que cruzaram seu caminho. Entre eles, estavam os campeões mundiais Uruguai (1 a 0), Inglaterra (2 a 1) e Alemanha (3 a 2). A campanha foi irretocável: sete jogos, seis vitórias, um empate, 14 gols marcados e 5 sofridos.
Arquivo Folha Imagem

O ARTILHEIRO

Gary Lineker (ING)

Um dos maiores jogadores ingleses de todos os tempos, Lineker fez seis gols em cinco partidas na Copa do México. Curiosamente, o atacante passou em branco nas duas primeiras partidas. Embalou somente no terceiro jogo. Diante da Polônia, anotou os três gols da vitória inglesa. Fez mais dois nas quartas-de-final (3 a 0 sobre o Paraguai); e o de honra do "English Team" nas quartas-de-final, na derrota por 2 a 1 para a Argentina.

A MURALHA: Carlos (BRA)

A cena mais famosa do goleiro aconteceu durante a disputa de pênaltis contra a França. Em uma das cobranças, a bola bateu na trave, tocou nas costas do brasileiro e entrou. O que poucos lembram, no entanto, é que Carlos havia fechado o gol brasileiro. Nos jogos anteriores, ele não havia sofrido nenhum gol. Terminou o Mundial como o goleiro menos vazado.

O MICO: Azurra "amarela"

A Itália terminou a primeira fase em segundo lugar do Grupo A - que tinha ainda Argentina, Bulgária e Coréia do Sul -, com uma vitória e dois empates. Com o carrasco Paolo Rossi no banco de reservas, os italianos pararam nas oitavas-de-final diante da França.

A ZEBRA: A "Dinamáquina"

Já em sua primeira participação em Copas, a Dinamarca se destacou. Mostrando um futebol ofensivo, de movimentação e velocidade, a equipe nórdica humilhou o Uruguai por 6 a 1 e venceu a poderosa Alemanha Ocidental, terminando em primeiro lugar no grupo E. Nas oitavas, porém, a "Dinamáquina", como ficou conhecida, caiu diante da Espanha (5 a 1).

A SURPRESA

Bélgica

Após conseguir classificação em terceiro lugar do Grupo B (uma vitória, um empate e uma derrota), atrás de México e Paraguai, a seleção belga surpreendeu. Nas oitavas-de-final, passou pela União Soviética na prorrogação (4 a 3), e, nas quartas, superou os espanhóis nos pênaltis.

Parou somente na semifinal diante da Argentina, que conquistaria o título. Liderada pelo experiente goleiro Jean Marie Pfaff, a Bélgica conseguiu no México a sua melhor colocação em Mundiais: 4º lugar.

A GARFADA

BRA 1 x 0 ESP

O erro de arbitragem mais famoso dessa Copa foi o gol de mão de Maradona contra a Inglaterra. Mas o Brasil também foi beneficiado. Na estréia contra os espanhóis, o placar estava em 0 a 0 até os 7min do segundo tempo, quando o atacante Michel chutou, a bola bateu na trave, entrou e saiu em seguida.

O auxiliar holandês Jan Keizer não validou o gol, e o juiz australiano Christopher Bambridge acatou. Menos de 10min depois, Sócrates marcou pelo Brasil e decretou a vitória pelo placar mínimo.


SELEÇÕES

Goleiro:

1. Carlos (BRA)

Defesa:

2. Gerets (BEL)

3. Júlio César (BRA)

4. Brown (ARG)

6. Amoros (FRA)

Meio-campo:

5. Michel (ESP)

7. Burrochaga (ARG)

8. Ceulemans (BEL)

Ataque:

9. Lineker (ING)

10. Maradona (ARG)

11. Careca (BRA)