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O ARTILHEIRO

Paolo Rossi

País: Itália
Gols: 6

Jogos: 7
Idade: 25 anos

Paolo Rossi estava longe de ser uma unanimidade na Itália no início da Copa. Depois de atuar em diversos times pequenos, chegou à Juventus. Quando despontava, se envolveu no escândalo da loteria esportiva, em que jogadores e clubes manipulavam resultados de jogos para ficar com os prêmios.

Após cumprir uma suspensão de dois anos, Rossi retornou ao futebol com apetite redobrado para a Copa da Espanha. Seu desempenho no início do Mundial foi tímido, e a falta de gols gols na primeira fase incitou a perseguição da imprensa italiana.

Por sorte, o técnico Enzo Bearzot ignorou as críticas e o manteve na equipe. Rossi desencantou a partir segunda fase. Não marcou na vitória por 2 a 1 sobre a Argentina, mas deu os passes para os gols de Tardelli e Cabrini.

Em sua atuação mais famosa, fez os três gols que eliminaram o Brasil. Marcou mais dois na semifinal contra a Polônia e outro na final contra a Alemanha Ocidental. Terminou a Copa como artilheiro, com seis gols, e herói do tricampeonato italiano.
EFE

A MÁQUINA

Brasil

Colocação: 5º lugar
Jogos: 5

Vitórias: 4
Gols pró: 15

Apesar de não ter ficado com o título, a seleção de 82 é lembrada como a que mais encantou o mundo desde 1970. Com craques como Zico, Sócrates, Falcão, Osmar, Éder e Júnior sob a batuta de Telê Santana, ela sintetizou o chamado "futebol-arte".

Jogadas de efeito, dribles e toques rápidos fizeram a fama dessa seleção, considerada pela crítica como a grande favorita ao título. Com vitórias sobre URSS, Escócia, Nova Zelândia e Argentina, os brasileiros mostraram o melhor futebol da Copa até esbarrarem na Itália de Rossi e Zoff.

Mesmo com a vantagem do empate, o Brasil sofreu uma derrota histórica por 3 a 2 e deu adeus ao sonho do tetra. Apesar da eliminação precoce, a seleção foi recebida com festa na volta ao Brasil. Milhares de pessoas recepcionaram o time em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte.
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O CRAQUE

Michel Platini (FRA)

Com incrível habilidade técnica, excelente visão de jogo e agressividade na cara do gol, Platini não era apenas um grande armador de jogadas. Sabia também como marcar gols, como os que fez nas partidas contra o Kuait (4 a 1) e a Alemanha (3 a 3).

Platini grandes atuações nas partidas contra o Kuwait, a Tchecoslováquia, a Irlanda do Norte e a Alemanha. Mesmo jogando muito diante dos alemães, não consegui evitar a eliminação francesa, nos pênaltis, na semifinal.

A MURALHA: Dino Zoff (ITA)

Com três Copas do Mundo no currículo (1972, 1974 e 1982), Zoff confirmou a fama de ser um dos melhores goleiros da história ao liderar seu time em campo e tomar apenas seis gols no torneio. Aos 40 anos de idade, tornou-se o jogador mais velho a vencer uma Copa e o único goleiro em toda a história a ter a honra de erguer a taça.

O MICO: El Salvador

El Salvador levou a maior goleada da história das Copas no jogo contra a Hungria, válido pela primeira fase. Um público de 23 mil espectadores prestigiou a "lavada" de 10 a 1.

A ZEBRA: ALE 1 x 2 ALG

A Argélia bateu a Alemanha, então bicampeça mundial, na estréia das duas seleções na Copa. Os argelinos ainda venceriam também o Chile, mas mesmo assim não passaram à segunda fase. Já a Alemanha foi à final.

A SURPRESA

Ascensão africana

A Copa de 82 foi marcada pela ascensão do futebol africano. Camarões e Argélia por pouco não foram à segunda fase. Com três empates na 1ª fase (0 a 0 contra Peru e Polônia, 1 a 1 contra a Itália), Camarões só não seguiu na competição por ter feito menos gols que a Itália. Se tivesse marcado mais um, a história dessaa Copa seria bem diferente. Já a Argélia derrotou na primeira fase o Chile e a poderosa Alemanha, mas foi eliminada no saldo de gols.

A GARFADA

ALE 3 x 3 FRA

Último homem da defesa alemã, o goleiro Harald Schumacher parou o atacante francês Patrick Battiston, que escapara livre em direção ao gol, com uma "voadora". O atacante ficou ficou insconsciente e teve que ser retirado do campo. Mesmo assim, o árbitro Enrique Labo Revoredo não marcou falta, não expulsou o goleiro e deu apenas tiro de meta. Na decisão por pênaltis, Schumacher pegou o pênalti que levou a Alemanha à final.


SELEÇÕES

Goleiro:

1. Zoff (ITA)

Defesa:

2. Scirea (ITA)

3. Oscar (BRA)

4. Briegel (ALE)

6. Amoros (FRA)

Meio-campo:

5. Falcão (BRA)

7. Boniek (POL)

8. Zico (BRA)

10. Platini (FRA)

Ataque:

9. Rossi (ITA)

11. Rummen. (ALE)